Oi gente tudo bem? No Brasil há, aproximadamente, 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, segundo dados do IBGE. A fim de contempla-las, em janeiro de 2015, foi sancionada no Brasil a Lei 13.146/2015 que institui a Inclusão de Pessoas com Deficiência. Um dos pontos da norma é a inclusão escolar.
As unidades educacionais são obrigadas a receber os estudantes com deficiência no ensino regular e a adotar medidas de adaptação necessárias. A escola designa um profissional capacitado para cada classe. Ele é a ponte entre o professor, os discentes e os alunos com deficiência.
Os estudantes da inclusão, no ensino convencional, são poucos, na grande maioria, um ou dois por sala. Enquanto, o professor da turma ministra para cerca de 30 alunos o profissional da inclusão cuida apenas de uns gatos pingados.
Quem vê de fora, imagina que o trabalho deste profissional é o mais tranquilo do mundo. Ele não precisa falar alto com o aluno, não tem que mandar ele fazer silêncio e não precisa competir com o fone de ouvido que muitos estudantes insistem em usar a sala de aula. Porém, ser professor/interprete não é tão fácil assim!
Esses dias vi um professor de inclusão comentar sobre as peripécias dos seus alunos. São dois meninos surdos. Ambos cursam o Ensino Médio. Um tem 17 anos e é bastante inteligente, pois sempre estudou e conhece a língua de libras. Além disso, o garoto é ativo na sociedade. Participa da comunidade de surdos, gosta de jogar futebol e é assíduo na igreja. Ele tem o apoio da família. Sua mãe, conhecedora dos seus direitos, faz de tudo para que o filho seja contemplado.
O outro aluno tem 34 anos, é de origem humilde, parece ser bem tímido e falta muito as aulas. Seu conhecimento em libras é pouco e ele tem mais dificuldade de aprendizado.
O professor disse que não é fácil ficar no meio dos dois, pois ambos são completamente diferentes. Eles não aprendem na mesma proporção. O docente tenta equilibrar sempre solicitando ao mais novo paciência para ser compreensível com o colega de mais idade. Outro problema é a comunicação já que o mais velho sabe pouco de libras.
Afora que eles querem conversar sobre outro assunto, que não é a matéria. O interprete precisa chamar-lhes a atenção tanto para conversas paralelas quanto para a distração que também ocorre.
Bem por esse e outros motivos não é tão fácil ser professor de inclusão. Aquele ditado de que: “A grama do vizinho é sempre mais verde”, só funciona quando vista de longe, de perto todos nós temos dificuldades. Tanto o professor quanto os alunos da inclusão enfrentam obstáculos.
E você é professor ou conhece alguém com deficiência que frequenta a escola? Comente, adoraria saber.
Espero que tenha gostado do post.
Até o próximo. Bjim!!!
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