A solução não é empobrecer os ricos, a solução é
enriquecer os pobres
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Muitos críticos do setor privado alegam que a motivação por lucro move a maioria do dinheiro para o topo, mas como ficaria a motivação para as pessoas estudarem, se especializarem e evoluírem sua qualificação profissional se o setor público for o monopólio de prestação de serviços à população?
O lucro é algo natural proveniente do trabalho e a única forma de medir a remuneração é através da lei da oferta e da procura. No serviço público a remuneração não é equivalente ao que é no setor privado.
Segundo esses críticos as privatizações atendem pessoas com dinheiro e o setor público atende a todos.
O que precisa ser esclarecido é que a máquina pública tem deficiências burocráticas sérias que não existem no setor privado. O setor público está engessado por decisões de políticos que não usam o critério técnico profissional para elaborar suas decisões, além do que o setor público está travado em trâmites e papeladas desnecessárias, o que faz com que a produtividade, a rotatividade de tarefas concluídas, a qualidade e o preço do serviço prestado seja bem distante das mesmas atividades desenvolvidas nas empresas privadas.
Até mesmo em áreas como educação, saúde e segurança os serviços privados são melhores e mais bem qualificados do que os serviços públicos, indiscutivelmente com melhor atendimento, agilidade e pontualidade.
Outra crítica contra a iniciativa privada é a de que as privatizações tornam necessidades básicas humanas em produtos, mas isso é totalmente incoerente, pois tudo o que fazemos é um produto e pode ser comercializado. Todas as necessidades humanas são supridas pelo produto do trabalho próprio ou alheio, através de trocas envolvendo dinheiro ou outros tipos de trocas, como por exemplo, trocar favores por influência, trocar conhecimento por garantias futuras, ou seja, tudo é um produto e pode e deve ser trocado por outros produtos produzidos por outras pessoas, inclusive no serviço público, o atendimento do funcionário público é uma prestação de serviço que é um produto destinado a atender necessidades básicas humanas e é um produto que também está sendo comercializado, pois o funcionário público não está ali para oferecer o produto dele, que é a prestação de serviço dele de graça, sem receber o salário dele por isso.
Não se combate a pobreza proibindo as pessoas de ser ricas, se combate a pobreza obrigando os pobres a estudar enquanto os alimenta para que assim possam subir de nível também.
Outro alegação dos defensores do sistema público é de que este fomenta uma classe média forte, mas essa alegação é infundada, pois os funcionários públicos e os trabalhadores sindicalizados se aproveitam do dinheiro que é produzido pela classe realmente trabalhadora do país, que são os trabalhadores do setor privado. Os funcionários públicos e os sindicalizados recebem salários provenientes do pagamento de impostos ou do pagamento da contribuição sindical, enquanto os trabalhadores do setor privado recebem salários provenientes do fruto do seu próprio trabalho.
Uma outra alegação dos defensores do setor público é que o setor privado tem incentivos para falhar ou absolutamente incentivo nenhum, mas devemos nos lembrar de que é justamente o poder público quem obriga os bancos a emprestar um dinheiro que está além da sua reserva técnica e o governo emite decretos dando garantias a esses bancos de que se eles não receberem os dinheiros dos empréstimos emitidos então o próprio governo entra em ação para salvar esses bancos da falência, então, é o setor público que causa as crises financeiras mundiais interferindo diretamente na economia com subsídios, isenções, taxação, imposição de medidas financeiras, decretos aos bancos de emissão de empréstimos com dinheiro que os bancos não têm em caixa e todo tipo de manipulação do mercado. As crises econômicas só existem por causa do governo, que manipula e só atrapalha o fluxo natural econômico praticando suas gambiarras fiscais, econômicas e financeiras.
Os ricos são ricos justamente porque estudaram e aprenderam formas de ganhar mais dinheiro em menos tempo com mais eficiência e facilidade. Quando damos uma breve olhada nos bairros de periferia percebemos a gritante diferença com um bairro de classe média e principalmente com um bairro luxuoso.
Enquanto nos setores periféricos as pessoas estão nas ruas, sempre com ruas movimentadas praticamente a qualquer horário do dia, esse fenômeno já não é assim nos bairros de classe média e de classe luxuosa, onde os bairros são vazios, raramente se vê alguém na rua passando o tempo. As pessoas que moram em bairros pobres se socializam muito entre si e acabam desperdiçando precioso tempo que poderia estar sendo investido em estudar, nem que seja dentro de casa mesmo. Os moradores de classes mais altas não estão nas ruas porque estão muito ocupados e não tem tempo de se socializar tanto quanto as pessoas dos bairros pobres.
O resultado? É claro que é uma afirmação sem generalizações, mas é por isso que os ricos ficam cada vez mais ricos pois estão estudando para tal e os pobres ficam cada vez mais pobres porque não estão preocupados em estudar, preferem gastar seu tempo com socialização, entretenimento, televisão, video-game ou paquera.
Não adianta tentar mudar ou manipular as leis econômicas, o dinheiro é igual a água, corre sempre pelo caminho mais fácil e o caminho mais fácil é o conhecimento.
Até mesmo Jesus condenou pessoas que não estudam e não se especializam profissionalmente quando disse: “Pois é como um homem que, antes de viajar para fora, convocou seus escravos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a ainda outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e viajou para fora. Aquele que recebeu cinco talentos foi imediatamente negociar com o dinheiro, e ganhou mais cinco. Do mesmo modo, aquele que recebeu dois ganhou mais dois. Mas o escravo que recebeu apenas um foi embora, cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor.
“Depois de muito tempo o senhor daqueles escravos voltou e ajustou contas com eles. Então o que havia recebido os cinco talentos se apresentou e trouxe outros cinco talentos, dizendo: ‘O senhor me confiou cinco talentos; veja, ganhei mais cinco talentos.’ Seu senhor lhe disse: ‘Muito bem, escravo bom e fiel! Você foi fiel ao cuidar de poucas coisas. Vou encarregá-lo de muitas coisas. Participe da alegria do seu senhor.’ A seguir, aquele que havia recebido dois talentos se apresentou e disse: ‘O senhor me confiou dois talentos; veja, ganhei mais dois talentos.’ Seu senhor lhe disse: ‘Muito bem, escravo bom e fiel! Você foi fiel ao cuidar de poucas coisas. Vou encarregá-lo de muitas coisas. Participe da alegria do seu senhor.’
“Por fim, o escravo que havia recebido um talento se apresentou e disse: ‘Eu sabia que o senhor é um homem exigente, que colhe onde não semeou e ajunta onde não espalhou. Por isso fiquei com medo e fui esconder no chão o seu talento. Aqui está o que é seu.’ Em resposta, seu senhor lhe disse: ‘Escravo mau e preguiçoso, quer dizer que você sabia que eu colho onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Então, você devia ter entregado meu dinheiro aos banqueiros, e, na minha vinda, eu o teria recebido com juros. “‘Portanto, tirem dele o talento e deem-no àquele que tem dez talentos. Pois a todo aquele que tem, mais será dado, e ele terá abundância. Mas daquele que não tem, até mesmo o que tem será tirado. E lancem o escravo imprestável na escuridão lá fora. Ali é que haverá o seu choro e o ranger dos seus dentes.’” (Mateus 25:14-30).
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