A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO), para lembrar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, realizou um levantamento de dados nos processos de investigação de acidentes do trabalho fatal, concretizados pela auditoria fiscal do trabalho da SRTE/GO, de 2011 a 2014. Constatou-se que em Goiás 96% das vítimas de acidentes do trabalho com morte neste período foram homens, de 21 a 30 anos de idade, baixa escolaridade e com pouco tempo na função em que ocorreu o acidente.
De 2011 a 2014 foram 480 óbitos de trabalhadores no Estado, desses, por amostragem, verificou-se que 32% tinham de 21 a 30 anos, 24% de 31 a 40 anos, 17% de 10 a 20 anos.
Outro dado relevante e que 63% das empresas, onde ocorreu o acidente com óbito, possuíam técnicos em segurança. Apesar disso, verificou-se que o modo operatório da atividade laboral era inadequado e a supervisão da segurança insuficiente.
Lélia Gomes de Souza, 23 anos, sofreu um acidente grave de trabalho quando exercia a função de auxiliar de produção em fábrica de temperos, em 2014, tendo a mão direita com amputação traumática dos 2º, 3º e 4º dedos. Os fiscais do trabalho detectaram que a máquina de moer não atendia a Norma Regulamentadora nº 12, pois não tinha dispositivo de parada de emergência. A empresa recebeu sete autos de infração, totalizando R$ 22.291,80.
O Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Goiás, Arquivaldo Bites, avaliou que houve melhoras significativas na prevenção de acidentes por parte das empresas de Goiás. Mas, ainda há alguns empresários que pensam no acidente de trabalho como um evento simples. “O acidente não é um acontecimento simples, mas poderia ser evitado caso o empregador não negligenciasse uma série de obrigações legais.” disse Arquivaldo Bites.
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