Walter Paulo, vice de Divino Lemes |
O que incomoda nesses números? O fato de que a população de um modo geral aparenta estar pouco se lixando para o processo político, pois cresce a cada dia o sentimento de descrença diante da desenvoltura dos ladravazes que permeiam a classe. Pior para os honestos e bem intencionados, que precisam respirar os mesmos ares poluídos pela roubalheira e corrupção que proliferam por este País de Norte a Sul. Diante da evidência dos fatos, os agentes do Ministério Público e da Polícia Federal parecem querer retirar água do rio com peneiras, tamanho é o escárnio pelo dinheiro público.
Voltando a Senador Canedo, a hora é de conciliação. Se Divino Lemes conquistou um terço do eleitorado nas urnas, a partir de janeiro estará governando para a totalidade dos eleitores e, principalmente, dos mais de 100 mil moradores da cidade. Há uma enxurrada de demandas reprimidas, de expectativas não cumpridas e uma necessidade intensa e urgente de começar a resgatar as “promessas” de campanha. Como prefeito de todos os Canedenses, em que pese a multiplicidade de partidos e interesses divergentes, o prefeito agora eleito precisará trabalhar dentro de uma política de braços abertos e mãos estendidas, afeito ao diálogo e ferreamente atracado aos compromissos assumidos.
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Para um grupo de observadores, a grande questão é se Divino Lemes saberá retirar um pé da virada do século, quando foi prefeito, e efetivamente colocá-lo em 2017. Isso significa uma inegável mudança de postura e atualização de crenças, já que é absolutamente impensável tocar o Canedo de hoje com a visão administrativa da “cidadezinha” de 12 anos atrás que pouco ou quase nada oferecia a seus habitantes. Tudo mudou, inclusive as exigências da população e a pressão por resultados. E nesse “tudo mudou”, inclusive, ressalte-se a importância de um diálogo permanente com a população através dos meios apropriados. Misael Oliveira ignorou essa necessidade, ignorou a imprensa local, e pagou caro por isso.
Os primeiros indícios certamente serão perceptíveis logo na escolha de seus auxiliares. É evidente que não se exige de um técnico de futebol que saiba atuar de forma competente em todas as posições; mas é indispensável que saiba escolher o melhor jogador para cada função. Então, a pergunta agora passa de “quem poderá assumir a Prefeitura” a “como agirá Divino Lemes?”
O jogo da escolha já foi jogado. Acabou. Resta agora a vencedores e vencidos a deposição das armas de campanha e a união pelo futuro da cidade – que passa necessariamente pelo momento presente. Existem problemas que pedem soluções imediatas, e no momento só resta ao Canedense acreditar nas palavras de Divino: “Estamos felizes com a decisão do TSE e determinados a realizar uma gestão séria e comprometida para atender de forma competente os moradores de Senador Canedo”. Que assim seja.
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