Região Leste de Goiânia protesta contra desafetação de áreas públicas


Na semana passada os moradores da região do Jardim Maria Helena, Recanto das Minas Gerais, Tupinambá dos Reis e principalmente do Jardim Abaporu, bairros da Região Leste de Goiânia tiveram uma surpresa, que não agradou. Chegou a notícia que as três áreas no setor que “são” destinadas a construção de escolas de 1º e 2º Grau e praça pública foram atingidas pela LEI Nº 9023, DE 24 DE JANEIRO DE 2011, que Desafeta áreas de sua destinação primitiva (informado acima), altera a Lei nº 8.758, de 06 de janeiro de 2009 e dá outras providências.

Com isso, essas 3 áreas não serão mais usadas para construção de escolas e nem praça pública e sim para habitação como cita o Artigo 2º da lei 8.758 de 06 de Janeiro de 2009. “Ficam as áreas descritas no artigo anterior, (Art. 1º da lei 8.758) destinadas à implantação de Projetos Habitacionais de Interesse Social em conformidade com o art. 1º, da Lei Complementar n.º 188, de 30 de março de 2009.

Na lei nº 188 de março de 2009 o único motivo da desafetação dessas e de outras áreas em Goiânia, seria para implantação de Projetos Habitacionais de Interesse Social, o que está acontecendo no Jardim Abaporu e deve acontecer no Parque das Amendoeiras.

A grande preocupação que alarmou todos, é que o local será doado para famílias carentes de invasões proveniente da região do Vale dos Sonhos, motivados por vereador recém eleito e uma pessoa da secretaria de Habitação do Município e segundo os moradores do Jardim Abaporu já começaram até a “piquetá” o local, demarcando assim os lotes. Um suposto beneficiado do local que estava se sentindo excluído pelos organizadores, citou que as famílias que veem, já desembolsaram mais de R$ 100,00 para fazer a topografia do local.

Os moradores do entorno dos locais desafetados estão apavorados por ter possíveis barracos abrigando pessoas sem condições de construir, fazendo com que esses novos moradores venham a construir pequenos barracões e até mesmo barracos de lona sem energia elétrica e sem saneamento básico o local pode ter esgoto a céu aberto causando vários transtornos como mal cheiro e trazendo doenças para todos.

Os moradores citaram que o incentivo pela vinda desse pessoal para esses locais seria até o dia primeiro de janeiro, pelos órgãos competentes estarem de recesso e que após a ocupação seria mais difícil a retirada desse pessoal. A polícia militar esteve no local e garantiu que sem documentos legais ninguém entra nas áreas citadas. E os moradores estarão de vigília observando dia e noite qualquer movimento estranho no local.

Certos de que zelando das áreas em questão o poder público volte atrás com tal ação, começaram a plantar mudas de árvores. Porém como podemos ver no mapa já há até uma “planta” com lotes de 160 m2 e duas novas ruas dividindo as quadras. O curioso é que uma dessas ruas, o nome, é em homenagem a equipe da chapecoense, equipe de futebol que sofreu o desastre aéreo recentemente. Por tanto, leva-se a crer que foi feito recente. No mapa vemos que no rodapé é endereçado a Secretaria Municipal de Habitação e com número de processo e ofício.



















Texto e fotos: Comunicativo Leste.com.br
Vídeo: Band TV Goiânia

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