Os rumos da Aquicultura
A aquicultura no Brasil ainda não atingiu o patamar almejado. O mercado de produção de tilápia, especificamente, e o pescado de um modo geral continuam com a demanda maior que a oferta. Contudo, no caso de Goiás, o governador Marconi Perillo, antenado com as nossas possibilidades do aumento na produção tomou diversas medidas importantes no crescimento da área. Neste sentido é importante lembrar, que temos estratégicas bacias hidrográficas (Tocantins, Araguaia, São Francisco e Paranaíba). O nosso clima é altamente favorável para o cultivo de peixe. Apesar disso, o estado sofreu um retrocesso em 2014, quando diminuiu 5,64% na produção de pescado de um modo geral. Entretanto, naquele mesmo ano já se notava o crescimento da produção de Tilápia, que chegou ao total de 7,64 mil toneladas. O retrocesso de 2014 foi motivado pela estagnação de preços e o aumento de custos da produção. Eis que, no dia 22 de abril de 2013 ocorreu o lançamento de ações de incentivo à pesca e aquicultura no Estado de Goiás, com a nova legislação para agilizar as licenças ambientais. O incentivo financeiro do governo se dá por meio do FCO na área da agricultura, o que contempla os produtores de peixe.
De acordo com Rogério de Carvalho Ramos, responsável pela área da piscicultura no governo estadual, o investimento na agricultura em 2017 será de R$1.474.250.000 (um bilhão, quatrocentos e setenta e quatro milhões e duzentos e cinqüenta mil reais), no que se refere à área rural. Na agroindústria o investimento será o mesmo.
Voltando à produção da tilápia, vale acrescentar que foi a espécie mais criada em Goiás, com 7,4 mil toneladas na última aferição do IBGE. Esse volume corresponde a 34% do total da piscicultura. O pacu e a patinga ocupam a segunda posição no ranking, com despesca de 4,5 mil toneladas, ou 21% do total goiano. Goverlândia, Niquelândia e Inhumas, são municípios que se destacam no setor. Segundo Rogério de Carvalho Ramos, o incentivo do governo em 2017 tem o objetivo de aplacar a crise econômica e criar empregos. Por isso o governador Perillo criou alternativas que aumentem a produção do pescado por meio do efetivo apoio aos micros, pequenos e médios produtores de peixe, cujos juros são subsidiados. Ele também diminuiu o imposto do peixe para 3%. O governador almeja transformar Goiás, que é um estado comprador de peixes, para vendedor nacional.
O empresário Carlos Almeida, Frigoind - Frigorífico de
Peixe e o governador Marconi Perillo
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Entrevistado, o empresário Carlos Almeida, proprietário do Frigoind – Frigorifico de Peixe, instalado na cidade de Itauçu, disse o seguinte: “Quero parabenizar o governador Marconi Perillo pela bela parceria com os produtores de peixe em Goiás, por meio do FCO, que envolve o Banco do Brasil e o Conselho de Desenvolvimento do Estado – CDE. Perillo foi muito feliz ao trazer para o nosso estado, o então ministro da pesca Marcelo Crivella (hoje prefeito do Rio). O evento se deu em 2013, oportunidade em que foi lançado através de parcerias com o Governo Federal e o Estado de Goiás, um plano de ação que estimulou sobremaneira a produção de pescado no estado, o que fez a Tilápia disparar na produção e consolidar o nosso mercado em plena crise econômica, pela qual passa o Brasil. Inclusive, o então ministro da pesca Marcelo Crivella organizou em 2013 uma missão do governo brasileiro a Israel para o setor de aquicultura, com a finalidade de fazer um intercâmbio técnico-científico, com a participação das seguintes autoridades: Senadores Wilder Morais e Benedito de Lira, deputados federais, prefeitos, pesquisadores da Embrapa e de universidades e empresário do setor, entre os quais eu tive a honra de estar presente juntamente com o meu filho Rafael Almeida e o consultor financeiro do Frigoind Célio Menezes. Posteriormente, o ministro doou 4 indústrias de ração, sendo o município de Itauçu um dos contemplados com uma indústria no valor aproximado de R$ 15 milhões. O pequeno produtor hoje é mais respeitado pelo reconhecimento de sua importância pelo governo goiano. Neste sentido, os maiores geradores de empregos do País são de fato : as micro, pequenas e médias empresas. Acredito firmemente, que Perillo está contribuindo para acabar com boa parte dos 13 milhões de desempregados em nosso país, quando colocou no orçamento de 2017 cerca de 2 bilhões e meio para agricultura e a agroindústria de Goiás. Certamente a piscicultura será contemplada com percentual significativo. Vale lembrar, que na oportunidade da vinda do ministro Marcelo Crivela ao nosso estado, quando lançou ao lado do governador Perillo, o plano de ação para a produção de peixe em Goiás: o ministro também esteve em Itauçu. Naquela momento, ele reinaugurou o Frigoind – Frigorífico de Peixe, criado em 2005. Na visita do Crivela ao município de Itauçu, a nossa empresa produzia cinco toneladas de Tilápia por semana. Neste momento estamos produzindo cerca de dez toneladas por semana. Na quaresma que se aproxima queremos produzir vinte toneladas. Aproveito a oportunidade, para dizer que a criatividade vai alavancar o nosso ramo do pescado. Por isso estamos investindo na compra de equipamentos em nossa indústria. Pretendemos produzir farinha de peixe e também óleo de peixe, quando serão aproveitados os descartes, ou seja, o subproduto do que representa 70% do peixe. Vamos também aproveitar a pele do peixe que irá para o nosso curtume. Neste aspecto serão produzidos calçados em alto estilo, bolsas, cintos e outros objetos. O mercado é amplo e futuramente pretendemos ampliar, inclusive, no que diz respeito ao mercado internacional.
Entendo ainda, que o Brasil, por meio do BNDES precisa pensar de forma muito séria nas micros, pequenas e médias empresas, que levam o país nas costas. A geração de empregos será feita com muita criatividade. Não tenho nada contra financiar grandes empresas, entre as quais algumas financiadas pelo BNDES que foram decepcionantes, como o caso das empresas de Eike Batista. Certamente uma linha de crédito para pequenas e médias empresas serão fundamentais para sairmos da crise. Contamos com o apoio de Marconi Perillo para levar esta sugestão ao presidente Michel Temer”, completou o Sr. Carlos Almeida.
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