Trabalhos propõem reflexão sobre papel dos negros nas artes visuais
A Galeria Antônio Sibasolly recebe, até o próximo dia 25, a exposição Vozes do Silêncio, que se propõe a refletir a atuação de artistas negros e a representação de personagens negros, que hoje compõem 54% da população brasileira, conforme dados oficiais. São eles, conforme destacam os expositores, as maiores vítimas da violência registrada no País e também os que mais sofrem com a pobreza, além da representatividade na esfera política.
Dar protagonismo a corpos negros é a linha narrativa que coloca em sintonia o trabalho do artista visual goianiense Dalton Paula e dos outros seis artistas que apresentam seus trabalhos na mostra. Antônio Obá, Helô Sanvoy, Rosana Paulino, Paulo Nazareth, Moisés Patrício e Janaína Barros completam o time. Todos têm em comum produções que dialogam entre si não só porque discutem as experiências socioculturais dos afro-brasileiros, mas, por voltarem seus olhares críticos para questões do tema.
Curador da mostra, Paulo Henrique Silva afirma que os trabalhos instigam a refletir sobre o corpo negro e seu potencial de expressão, compartilhando com o público toda dor gerada pela questão racial. O curador explica que a ideia de realizar uma exposição com o tema veio da necessidade de falar sobre papel dos artistas negros nas artes visuais do Brasil. “Nossa proposta é romper a cultura do silêncio”, pontua.
A todo, são 31 trabalhos produzidos em mídias como fotografia, gravura, videoperformance, instalação e desenho. De Anápolis a mostra segue para Goiânia e, no dia 3 de agosto, será apresentada ao público no Centro Cultural UFG, com ciclo de palestras com os artistas e convidados.
Redação O Popular
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