De acordo com as investigações, um grupo de pessoas, a maioria ex-funcionários da Prefeitura Municipal e da Câmara Municipal, passou a oferecer, pela cidade, terrenos de propriedade da Prefeitura Municipal de Catalão, sob a falsa alegação de que seriam lotes remanescentes de leilões. Passando-se por servidores públicos, negociavam a venda dos lotes por preços abaixo de mercado e embolsavam o dinheiro.
Os investigados falsificavam um documento intitulado Contrato de Concessão de Direito Real de Uso e o entregavam ao particular “adquirente”. O esquema contava ainda com um grupo que tinha acesso ao sistema da prefeitura de catálogo dos lotes e realizava a transferência, no sistema, do titular do imóvel. No período de investigação, mais de uma dezena de lotes teriam sido ilegalmente vendidos pelo grupo criminoso.
Ao todo, mais de 60 pessoas foram ouvidas durante o trabalho da Polícia Civil, entre particulares, funcionários públicos e investigados. As diligências incluíram oitivas de pessoas; análise de dados telefônicos, fiscais e bancários dos suspeitos; vistorias in loco efetivadas pela Prefeitura Municipal.
Segundo o delegado regional Jean Carlos Arruda, a conclusão do inquérito policial, mais do que impedir elevado prejuízo econômico aos cofres públicos, serve para alertar e esclarecer a população acerca dos crimes cometidos por quem falsamente vende terrenos públicos, e também por quem adquire. “Quem aquiesce em receber um documento falsificado e em comprar um terreno por preço muito abaixo de mercado tem plena convicção de que o negócio não é legal”, considerou.
Por Assessoria de Imprensa da Polícia Civil
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