Coleta do material terminou na tarde deste domingo (25) e será reaproveitado em meios-fios e tampas de boca de lobo
A demolição e remoção do bloco que caiu do viaduto do Eixo Rodoviário de Brasília (Eixão) em 6 de fevereiro terminou neste domingo (25). Os trabalhos começaram na tarde do sábado (24) e seguiram por toda a noite e madrugada.
Um martelete mecânico acoplado a uma máquina de grande porte quebrou a estrutura demolida, enquanto outro trator removeu os entulhos para os caminhões.
Durante a demolição, foi preciso parar o martelete mecânico algumas vezes para recuperar os três carros e equipamentos de um restaurante que ficaram embaixo do bloco. O trator se afastava para que os trabalhadores pudessem se aproximar dos escombros e tirar os materiais.
No caso dos carros, uma retroescavadeira puxava os destroços por baixo do bloco. Os dois Pálios e a Hilux tiveram perda total. Mas foi possível tirar mochilas, roupas, documentos e carteiras.
Às 17h30 de sábado, a quebra do bloco começou e durou nove horas e 15 minutos ininterruptos. Depois de terminada a demolição, a remoção do entulho seguiu até as 4 horas, quando os funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) fizeram uma pausa.
200 toneladas de entulhos removidos em 10 horas
Das 6h30 às 13h40, a limpeza de cerca de 200 toneladas de entulho foi finalizada. Os materiais foram levados por 46 caminhões para serem triturados pela Novacap e reaproveitados em meios-fios, tampas de boca de lobo e outros equipamentos.
Das 6h30 às 13h40, a limpeza de cerca de 200 toneladas de entulho foi finalizada. Os materiais foram levados por 46 caminhões para serem triturados pela Novacap e reaproveitados em meios-fios, tampas de boca de lobo e outros equipamentos.
A remoção foi necessária porque o bloco desabado não poderia ser reutilizado no viaduto. Mesmo que pudesse, ainda não foi decidido se a estrutura será demolida ou reforçada.
“O bloco agora não tem mais função estrutural. O que podemos conseguir dele são materiais pequenos”, explicou o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do DF, Márcio Buzar.
Em qualquer dos casos, era necessário remover a peça caída para dar continuidade às obras no viaduto. Segundo Buzar, a previsão é que o grupo criado para determinar os trabalhos apresentará uma nota técnica esta semana.
“Com base em análises, o grupo de trabalho vai determinar os procedimentos seguintes. Ou pela demolição (total), ou pela recuperação (da parte danificada) do viaduto”, justificou o diretor.
Para poder efetuar a demolição, foi preciso fazer o escoramento tanto nas partes do viaduto ainda de pé como no bloco caído. O fim de semana foi escolhido porque o fluxo de carros e pessoas nas proximidades seria reduzido.
O trator quebrou o bloco por alvéolos – cilindros que percorrem a estrutura no sentido da via da qual fazia parte – do lado externo para o interno. Desse modo, foi mais fácil para o equipamento cortar os pedaços de aço que ainda ligavam ao resto do viaduto.
Assim que o bloco caiu em 6 de fevereiro, o governo de Brasília iniciou os planos emergenciais para a manutenção do viaduto. Primeiro o trânsito da via foi alterado para que os trabalhos de escoramento pudessem ser feitos.
Também foi preciso fazer um monitoramento de outras estruturas que têm a mesma idade do viaduto, como a ponte do Bragueto e a ponte Honestino Guimarães.
Mostras da estrutura foram recolhidas para análise pela Universidade de Brasília (UnB), que ajudarão a determinar o que será feito com a obra. As hipóteses são reconstruir a parte que desabou, ou demolir o restante e reconstruir toda a pista.
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