Goiânia: Discurso de Ódio na Internet


Nesta manhã em uma das salas de workshop do VIII Fórum da Internet no Brasil, realizado no centro de eventos da UFG Campus Samambaia em Goiânia, foi realizado discussão sobre "Liberdade de Expressão em tempo de cólera na Internet" . Esta mesa foi composta por representante do MPF e do Safernet que tem projetos para mudar o espaço da internet para construção de uma sociedade diversa com agentes de transformação do coletivo.

A Safernet é uma Ong ligada ao MPF, Google e Unicef, trabalha na promoção dos direitos humanos na internet. E a partir da Safernet existe o Saferlab que é um laboratório de ideias para jovens de 16 a 25 anos, na criação de projetos que ajudam a combater narrativas de ódio em ambiente virtual.

Conversando com a Diretora da Safernet Juliana Cunha, foi possível ter um panorama dos projetos independentes em andamento para o combate de ódio na rede, em que são selecionados jovens, que passam por um processo de imersão, mentoria e a partir daí os projetos recebem as bolsas para a execução.

Dentre eles o Projeto "Mocambo" realizado pelo jovem Lucas Medina, estudante de letras da UFRA-PA, que trata do distanciamento de comunidades quilombolas que estão localizadas a 200 quilômetros da capital, isoladas tecnologicamente e portanto excluídos e rejeitados;

Projeto "Coletivo Luana da Lapa" realizado por Naomi Munis Santana - bióloga e estudante de Ciências Sociais - UFSC em Florianopolis SC, o qual trata da homofobia às pessoas trans dentro da rede, pretende com o projeto maior visibilidade para as pessoas trans através de mais e melhores oportunidades.

Naomi em sua fala traz um dado alarmante que é a expectativa de vida de pessoas trans no Brasil, ou seja, 30 anos de vida; Também o projeto Adelia realizado por Janaína Oliveira estudante de Jornalismo da UFG Goiânia-GO, que leva como vulto a primeira cineasta negra no Brasil Adélia Sampaio, cujo Projeto mulheres Negras sendo protagonistas e em sua fala coloca a ampliação do orgulho através da empatia como uma das formas de combate ao ódio na rede mas também no cotidiano.

Neste, que tratou da intolerância na rede e os projetos lançados pela Saferlab mostra que há muito a se fazer, pois o problema encarado na internet é um problema estrutural na sociedade brasileira, portanto vai alem de termos leis e regras como o artigo 3. da CF. Segundo Ana Carolina representante do Ministerio Publico no evento é necessário um pacto para a construção do futuro, que todas as visões de mundo possam coexistir na sociedade.

Maiores informações: www.nic.br - www.cgi.br - www.ufg.br -www.cetic.br - www.registro.br

Por Antonio Oliveira
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Post: Lucieni Soares

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