Após estreia em Belo Horizonte e Rio de Janeiro, espetáculo terá três apresentações em Goiânia. O monólogo narrativo, construído por Ezequiel Vasconcelos com direção de Marcelo Morato, garante ao público boas doses de risadas. Ainda assim, faz emergir a tragédia de jovens que sonharam ser heróis e terminaram explorados em vastos seringais. A entrada é gratuita
Nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro, de quarta a sexta-feira, às 20h, no Teatro Centro Cultural UFG, uma parte quase esquecida da história do Brasil será apresentada em Goiânia, recontada na pele, suor e onomatopeias de Ezequiel Vasconcelos, Mineiro de Brumadinho, radicado no Rio de Janeiro, o ator apresenta na capital goiana o espetáculo “Arigó”.
A entrada é gratuita (Retirada de senha 1 hora antes do espetáculo) e o trabalho está sendo realizado via financiamento coletivo, cuja campanha continua no ar, no site: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/espetaculo-arigo.
Além do apoio coletivo, a Plataforma.art, responsável pela produção, está realizando uma campanha de arrecadação de alimentos, pedindo que cada espectador leve 1 quilo de alimento não perecível, nos dias do espetáculo.
A direção de produção é do goiano Felipe Porto, pela Plataforma.art.
A direção de produção é do goiano Felipe Porto, pela Plataforma.art.
Além do espetáculo, serão ofertadas gratuitamente três oficinas. Uma delas, ministrada por outra goiana, já conhecida pelo público da capital: Lavínia Bizzotto, ex-bailarina da Quasar Cia de Dança, que assina a direção de movimentos de “Arigó”.
ARIGÓS
Arigó é tanto um adjetivo quanto um substantivo da língua portuguesa, que define pessoas simplórias, rústicas, também conhecidas como matutas, que vivem do próprio trabalho braçal.
“Arigó”, na cultura popular do Norte do país, e também para o teatro de Ezequiel Vasconcelos e Marcelo Morato, são os brasileiros da época da 2ª Guerra Mundial que migraram para a Amazônia na década de 1940, para trabalhar na extração da borracha, que era exportada para fins bélicos, no cumprimento de um acordo entre EUA e o governo brasileiro. Um capítulo pouco conhecido da história do nosso país, que em 1942 recrutou dezenas de milhares de pracinhas, que deixaram suas casas e famílias tanto para ocuparem os fronts da Itália quanto para serem enviados à região amazônica, ambos em busca de servir a seu país.
A dramaturgia da peça emerge da experiência do próprio ator, Ezequiel Vasconcelos, que migrou ainda criança do interior de Minas Gerais para Rondônia e que lá teve contato com as antigas histórias sobre os arigós, ou soldados da borracha.
Já o texto conta a jornada do jovem Lázaro que, desde a morte de seu irmão mais velho, toma para si a missão de cuidar da sua família na aridez do sertão brasileiro. Com a iniciativa do governo de recrutar jovens para trabalhar no fornecimento de borracha para a Segunda Guerra, Lázaro alista-se no exército e, contra a vontade dos pais, embarca para a Amazônia, com a promessa de que, ao fim do conflito, seria um soldado aposentado. Sonhando ser reconhecido como herói por sua família e por sua pátria, o jovem se submete a condições precárias e imensos desafios, desde a viagem de navio, passando pelo tratamento escravizante dos seringalistas, até os perigos da própria floresta.
No campo subjetivo, Lázaro trava suas próprias lutas internas durante sua jornada, levando-o a rever seus sonhos e sua história. As graças e a comicidade infundidas pelo personagem a uma história tão trágica, remontam as sutilezas e astúcias de um povo explorado, que necessita do riso para sobreviver, assim como as ironias, próprias de quem se depara com o contrário daquilo que se deseja.
A interpretação de Ezequiel garante a vivacidade não só do personagem principal, como também de todos aqueles (e aquilos) com quem (e com o quê) ele se depara na linha do tempo de nosso Arigó. Utilizando corpo e voz, gestos e onomatopeias preenche espaço e tempo, hipnotizando o público em uma composição que não permite desgrudarmos o olhar daquele cenário imaginado por cada um dos observadores.
ARIGÓS
Arigó é tanto um adjetivo quanto um substantivo da língua portuguesa, que define pessoas simplórias, rústicas, também conhecidas como matutas, que vivem do próprio trabalho braçal.
“Arigó”, na cultura popular do Norte do país, e também para o teatro de Ezequiel Vasconcelos e Marcelo Morato, são os brasileiros da época da 2ª Guerra Mundial que migraram para a Amazônia na década de 1940, para trabalhar na extração da borracha, que era exportada para fins bélicos, no cumprimento de um acordo entre EUA e o governo brasileiro. Um capítulo pouco conhecido da história do nosso país, que em 1942 recrutou dezenas de milhares de pracinhas, que deixaram suas casas e famílias tanto para ocuparem os fronts da Itália quanto para serem enviados à região amazônica, ambos em busca de servir a seu país.
A dramaturgia da peça emerge da experiência do próprio ator, Ezequiel Vasconcelos, que migrou ainda criança do interior de Minas Gerais para Rondônia e que lá teve contato com as antigas histórias sobre os arigós, ou soldados da borracha.
Já o texto conta a jornada do jovem Lázaro que, desde a morte de seu irmão mais velho, toma para si a missão de cuidar da sua família na aridez do sertão brasileiro. Com a iniciativa do governo de recrutar jovens para trabalhar no fornecimento de borracha para a Segunda Guerra, Lázaro alista-se no exército e, contra a vontade dos pais, embarca para a Amazônia, com a promessa de que, ao fim do conflito, seria um soldado aposentado. Sonhando ser reconhecido como herói por sua família e por sua pátria, o jovem se submete a condições precárias e imensos desafios, desde a viagem de navio, passando pelo tratamento escravizante dos seringalistas, até os perigos da própria floresta.
No campo subjetivo, Lázaro trava suas próprias lutas internas durante sua jornada, levando-o a rever seus sonhos e sua história. As graças e a comicidade infundidas pelo personagem a uma história tão trágica, remontam as sutilezas e astúcias de um povo explorado, que necessita do riso para sobreviver, assim como as ironias, próprias de quem se depara com o contrário daquilo que se deseja.
A interpretação de Ezequiel garante a vivacidade não só do personagem principal, como também de todos aqueles (e aquilos) com quem (e com o quê) ele se depara na linha do tempo de nosso Arigó. Utilizando corpo e voz, gestos e onomatopeias preenche espaço e tempo, hipnotizando o público em uma composição que não permite desgrudarmos o olhar daquele cenário imaginado por cada um dos observadores.
A exaustão do ator, que se exaure fisicamente, encenando o esforço do seringueiro na jornada da borracha, também é a nossa, que, ofegantes, ainda torcemos por um final feliz.
ATOR e AUTOR
Ezequiel Vasconcelos – atuação, texto e dramaturgia:
Nascido em Brumadinho (MG) e estabelecido no Rio de Janeiro, Ezequiel é ator, arte-educador e gestor de projetos socioculturais. É Bacharelando em teatro pela CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) e pela Escola de Atores Wolf Maya-RJ. Tem ainda formação em roteiro pela Academia Internacional de Cinema. Seus últimos projetos em teatro são: Marat Sade (Texto Peter Weis, Direção Marcelo Morato 06/2019), "33 Variações" (direção de Wolf Maya - Stand in, Auxiliar Prod. e Dir. e elenco de apoio - 2015/2016) e Perto de Um Coração Selvagem (Dir. Delson Antunes, 2016.), entre outros trabalhos.
Marcelo Morato – Direção:
Professor, ator e dramaturgo. Como diretor, foi indicado aos prêmios “Zilka Salaberry”, com o espetáculo O Pequenino Grão de Areia, e “Mambembe”, pelo espetáculo Contos e Cantigas Populares. Como ator foi indicado ao Prêmio Mambembe, pelo Espetáculo Curupira. É professor do Curso de Formação Profissional de Ator CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) e da Faculdade CAL de Artes Cênicas.
GOIANOS NA ESTRADA - PLATAFORMA.ART
A plataforma.art é uma produtora cultural, sediada no Rio de Janeiro. Formada por profissionais, das 5 regiões do Brasil, conta hoje com um repertório de 3 espetáculos, 2 exposições de arte, e 2 espetáculos em processo. A direção da empresa é de Felipe Porto. Nascido em Goiânia (GO) e estabelecido no Rio de Janeiro há 7 anos, Felipe é ator e produtor cultural. Tem em sua formação passagem pela CAL - Casa de Artes de Laranjeiras, a Escola de Atores Wolf Maya, entre outras escolas de Teatro. Atualmente está em processo como Ator e Autor no solo dramático "ROER", com estreia prevista para 2020. Seus últimos trabalhos como produtor são: "[Im]penetrável" - Direção de Adilson Diaz; " Carta a um Jovem Ator" - Direção de Tiago Herz e "Arigó" - Direção de Marcelo Morato.
Também participa desta produção a bailarina LAVÍNIA BIZZOTTO (ex Quasar Cia de Dança), que faz a Direção de Movimentação de ARIGÓ, e que estará em Goiânia junto com a trupe do Rio, para ministrar uma oficina que integra esse projeto de circulação. Atualmente Lavínia também é diretora de movimentos, coreógrafa e preparadora corporal de atores, no teatro e na TV Globo. Lavínia vive no Rio de Janeiro desde 2007, onde se profissionalizou como atriz, tendo feito bacharelado em artes cênicas pela CAL – Casa de Artes de Laranjeiras. Em 2015 Lavínia trabalhou para a novela Verdades Secretas, cuidando da direção de movimento do elenco.
ARIGÓ | Duração: 80 min | Gênero: Drama | Classificação: 12 anos
Ficha Técnica:
Texto e Atuação: Ezequiel Vasconcelos;
ATOR e AUTOR
Ezequiel Vasconcelos – atuação, texto e dramaturgia:
Nascido em Brumadinho (MG) e estabelecido no Rio de Janeiro, Ezequiel é ator, arte-educador e gestor de projetos socioculturais. É Bacharelando em teatro pela CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) e pela Escola de Atores Wolf Maya-RJ. Tem ainda formação em roteiro pela Academia Internacional de Cinema. Seus últimos projetos em teatro são: Marat Sade (Texto Peter Weis, Direção Marcelo Morato 06/2019), "33 Variações" (direção de Wolf Maya - Stand in, Auxiliar Prod. e Dir. e elenco de apoio - 2015/2016) e Perto de Um Coração Selvagem (Dir. Delson Antunes, 2016.), entre outros trabalhos.
Ezequiel Vasconcelos em “Arigó” – Foto: Márcio Honorato |
Marcelo Morato – Direção:
Professor, ator e dramaturgo. Como diretor, foi indicado aos prêmios “Zilka Salaberry”, com o espetáculo O Pequenino Grão de Areia, e “Mambembe”, pelo espetáculo Contos e Cantigas Populares. Como ator foi indicado ao Prêmio Mambembe, pelo Espetáculo Curupira. É professor do Curso de Formação Profissional de Ator CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) e da Faculdade CAL de Artes Cênicas.
GOIANOS NA ESTRADA - PLATAFORMA.ART
A plataforma.art é uma produtora cultural, sediada no Rio de Janeiro. Formada por profissionais, das 5 regiões do Brasil, conta hoje com um repertório de 3 espetáculos, 2 exposições de arte, e 2 espetáculos em processo. A direção da empresa é de Felipe Porto. Nascido em Goiânia (GO) e estabelecido no Rio de Janeiro há 7 anos, Felipe é ator e produtor cultural. Tem em sua formação passagem pela CAL - Casa de Artes de Laranjeiras, a Escola de Atores Wolf Maya, entre outras escolas de Teatro. Atualmente está em processo como Ator e Autor no solo dramático "ROER", com estreia prevista para 2020. Seus últimos trabalhos como produtor são: "[Im]penetrável" - Direção de Adilson Diaz; " Carta a um Jovem Ator" - Direção de Tiago Herz e "Arigó" - Direção de Marcelo Morato.
Também participa desta produção a bailarina LAVÍNIA BIZZOTTO (ex Quasar Cia de Dança), que faz a Direção de Movimentação de ARIGÓ, e que estará em Goiânia junto com a trupe do Rio, para ministrar uma oficina que integra esse projeto de circulação. Atualmente Lavínia também é diretora de movimentos, coreógrafa e preparadora corporal de atores, no teatro e na TV Globo. Lavínia vive no Rio de Janeiro desde 2007, onde se profissionalizou como atriz, tendo feito bacharelado em artes cênicas pela CAL – Casa de Artes de Laranjeiras. Em 2015 Lavínia trabalhou para a novela Verdades Secretas, cuidando da direção de movimento do elenco.
ARIGÓ | Duração: 80 min | Gênero: Drama | Classificação: 12 anos
Ficha Técnica:
Texto e Atuação: Ezequiel Vasconcelos;
Direção: Marcelo Morato;
Assistente de Direção: Luca Matteo;
Direção de Produção: Felipe Porto | Plataforma.art;
Produção Executiva e Mídias Sociais: Isabella Beatriz;
Direção de Movimento: Lavínia Bizotto;
Concepção Cenográfica: Ezequiel Vasconcelos;
Figurino e Visagismo: Tainá Mesmo;
Iluminação: Gabriel Prieto;
Mixagem e Colaboração Musical: Léo Tucherman;
Sonoplastia e Operação de Som: Agnes Lobo;
Assessoria de Imprensa: Ana Paula Mota e Nádia Junqueira;
Identidade Visual e Design Gráfico: Felipe Porto
OFICINAS GRATUITAS
No mesmo período da temporada do espetáculo, serão oferecidas três oficinas e uma palestra, todas gratuitas:
12/02 – 4ª feira - das 13h às 17h - Oficina “CORPO - IMAGEM - SENTIDO: Tessituras para uma dramaturgia corporal”, com Lavínia Bizzotto;
13/02 - 5ª feira - 10h – Palestra com Felipe Porto sobre “Empreendedorismo Cultural sob a ótica de um ator”;
13/02 – 5ª feira - 13h – Oficina “A Dramaturgia de Ser” com Agnes Lobo;
14/02 – 6ª feira - 10h - será oferecida a oficina “O Ator Contador” com Ezequiel Vasconcelos;
Inscrições pelo E-mail: teatrodeplataforma@gmail.com
Todas as oficinas são gratuitas, mediante apresentação de 1kg de alimento não perecível.
OFICINAS GRATUITAS
No mesmo período da temporada do espetáculo, serão oferecidas três oficinas e uma palestra, todas gratuitas:
12/02 – 4ª feira - das 13h às 17h - Oficina “CORPO - IMAGEM - SENTIDO: Tessituras para uma dramaturgia corporal”, com Lavínia Bizzotto;
13/02 - 5ª feira - 10h – Palestra com Felipe Porto sobre “Empreendedorismo Cultural sob a ótica de um ator”;
13/02 – 5ª feira - 13h – Oficina “A Dramaturgia de Ser” com Agnes Lobo;
14/02 – 6ª feira - 10h - será oferecida a oficina “O Ator Contador” com Ezequiel Vasconcelos;
Inscrições pelo E-mail: teatrodeplataforma@gmail.com
Todas as oficinas são gratuitas, mediante apresentação de 1kg de alimento não perecível.
Fonte: Ana Paula Mota - Assessora de Imprensa e Produtora Cultural - 62 9 9941-5464
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