Tiago Silva Lacerda e Raquel Araújo Dias devem responder por homicídio qualificado, maus-tratos, destruição e ocultação de cadáver
Os pais da bebê de 6 meses que foi esquartejada e jogada em um poço, em Tabaporã (MT), foram indiciados e tiveram a prisão temporária convertida em preventiva. O inquérito, conduzido pelo delegado de Tabaporã, Albertino Félix de Brito, foi encaminhado ao Fórum da Comarca Municipal na última quinta-feira (6).
De acordo com a Polícia Civil, Tiago Silva Lacerda e Raquel Araújo Dias devem responder por homicídio qualificado, maus-tratos, destruição e ocultação de cadáver.
O casal está preso em Jataí (GO) e aguarda transferência para Mato Grosso.
O crime, segundo a polícia, ocorreu no dia 27 de dezembro. Testemunhas disseram ter visto os suspeitos perto do Rio Sereno, em Tabaporã, com um carrinho de bebê.
Depois, eles foram vistos sozinhos, sem a criança e sem o carrinho. Mais tarde, Tiago e Raquel foram flagrados pedindo carona na estrada. O carrinho da criança foi encontrado às margens do rio.
Já o casal foi localizado em Jataí (GO). A polícia informou que eles confessaram o crime e indicaram o local onde enterraram partes do corpo da filha.
Com a ajuda de um cão farejador do Corpo de Bombeiros, foram encontradas três partes do corpo da bebê. As duas primeiras foram dias após o crime dentro do poço.
A terceira parte, que seria o crânio da vítima, foi encontrada no dia 16 de janeiro após os bombeiros esvaziarem o poço.
MAUS-TRATOS
A bebê morava com a família em Tabaporã e, segundo o Conselho Tutelar, os pais já haviam sido denunciados por maus-tratos.
De acordo com as investigações, a primeira agressão ocorreu quando a criança tinha 28 dias de vida.
Segundo o Conselho, a menina chegou a morar em um abrigo da cidade aos 3 meses de vida. No entanto, os pais entraram na Justiça e conseguiram ficar com a guarda da filha.
O Conselho Tutelar afirmou que fazia visitas periódicas na casa da família.
Vizinhos denunciaram os pais novamente em janeiro. Eles afirmaram que a casa onde a família morava estava abandonada.
Logo depois da denúncia, a equipe da Polícia Civil de Tabaporã iniciou as investigações, identificando testemunhas que contribuíram com informações sobre o caso. Fonte: G1
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