O câncer não pode esperar


Saúde da mulher requer atenção. Ações durante o mês de maio alertam para os riscos da ausência de cuidado

Maio é o mês que marca uma série de ações voltadas para o bem estar da mulher.

O período inteiro é um marco em todo o mundo na luta contra o câncer de ovário. 25 de maio é o Dia Internacional da Tireoide, que afeta quatro vezes mais as mulheres. 

E o dia 28 de maio, por exemplo, registra duas lutas para a saúde feminina, o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna.

Câncer de mama, endometriose, infecção urinária, câncer no colo do útero, fibromialgia, depressão e obesidade estão entre as principais doenças que afetam o sexo feminino. Muitas vezes, em função de jornada dupla de trabalho e atenção centrada na saúde da família, mulheres negligenciam a própria saúde, deixando de lado, por exemplo, exames periódicos preventivos.

“De todos os cânceres ginecológicos, o câncer de ovário é o terceiro mais frequente, o mais difícil de ser diagnosticado e também o mais letal”, afirma a médica oncologista clínica, Milena Aparecida Coelho Ribeiro. Segundo ela, por ser um câncer silencioso que demora a apresentar sintomas, as mulheres devem estar atentas, principalmente após completar 50 anos, quando esse tipo de tumor costuma aparecer.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), apontam que o câncer no ovário é o sétimo mais comum em mulheres. Só neste ano, são previstos cerca de 6.650 novos casos no Brasil. Os fatores podem estar associados a idade, apesar de todas as mulheres correrem risco de desenvolver câncer de ovário. No entanto, de acordo com a médica, o risco aumenta com a idade, e se torna maior entre os 50 e 79 anos. 

O histórico familiar também influencia, já que o risco é maior caso parentes de primeiro grau tenham tido câncer de ovário, de mama, endometrial ou colorretal. Outros fatores relacionados a reprodução e hormonais, como mulheres inférteis ou que nunca tiveram filhos, e ainda menopausa tardia devem ser levados em conta.

Os sintomas podem ser mal estar e dificuldade de se alimentar, desconforto no abdômen, aumento do volume abdominal e perda de peso. “No entanto, esses sinais costumam aparecer em estágios mais avançados da doença, o que reforça a importância da conscientização e realização de exames regularmente. Se descoberto em fase inicial, as chances de cura desse tipo de câncer chegam a 80%”, assegura.

A principal forma de tratamento do câncer de ovário é por meio de procedimento cirúrgico, que garante à paciente uma melhor sobrevida. Além disso, sessões de quimioterapia podem ser associadas ao processo de tratamento

A tireoide é uma glândula que produz dois hormônios que contêm iodo – a tiroxina (T4) e a triodotironina (T3) – e que controlam o metabolismo, influenciam no desenvolvimento e na atividade do sistema nervoso. Ela regula ainda a função de órgãos importantes como coração, cérebro, fígado e rins e, ainda, as relacionadas ao intestino e ao aparelho genital.

Considerado o mais comum da região da cabeça e pescoço, o câncer de tireoide afeta quatro vezes mais as mulheres do que os homens. 

No Brasil, é o quinto mais comum na população feminina. Estima-se que 52 milhões de brasileiros convivam com nódulos de tireoide na faixa dos 50 anos, sendo que 10% dos nódulos são diagnosticados malignos (cancerígenos). 

Segundo levantamento recente do INCA, a tendência é de 40 mil novos casos de câncer de tireoide entre 2020 e 2022. A incidência da doença aumentou em 10% na última década. Em caso de suspeita de câncer, além da avaliação clínica e de exames laboratoriais, o médico solicita exames de imagem ou biópsias.

“A saúde da mulher tem pressa. Por isso é tão importante chamar a atenção e conscientizar a sociedade dos diversos problemas de saúde e distúrbios comuns na vida das mulheres”, enfatiza Milena Ribeiro. Via Naiara Gonçalves
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