Murilo está desaparecido desde o dia 26 de setembro quando pediu o carro do pai emprestado para encontrar uma garota no Mirante em Ceres
Durante todo o sábado, 3, cerca de 60 pessoas realizaram buscas na região de Pirenópolis tentando encontrar Murilo Ramos de Souza, de 25 anos. Informações repassadas à família disseram que ele teria sido solto na região pelos bandidos que o capturaram no trevo da cidade turística. No entanto, a busca não obteve sucesso. A expectativa é que ele estivesse em uma mata nas proximidades da rodovia.
Segundo o comerciante Douglas Magalhães, de 34 anos, primo de Murilo, a recompensa de R$ 100 mil é para estimular que encontrem o rapaz. "Vivo ou morto", diz. "Já estamos há mais de uma semana nessa aflição. Espero que o encontrem. E quem o encontrar que precise do dinheiro", afirma.
O comerciante diz que Murilo não tem inimizades com ninguém que justificaria qualquer ato de violência. Ele afirma que o primo deve ter caído em uma armadilha para ter o carro roubado. "É uma pessoa muito de boa que fez uma escolha errada. Estou doido para pagar a recompensa", reforça Douglas.
Confronto
O carro que Murilo utilizou para ir a Ceres supostamente encontrar uma garota foi encontrado, com quatro homens suspeitos do roubo, pela Polícia Militar, em Anápolis, na madrugada do domingo, 27 de setembro.
Airon Silva Duarte, de 25 anos; Gabriel Divino Ribeiro, de 20 anos; Victor Manuel Bispo Araújo, 28; e Adrian Pereira Dias, de 19 anos, acabaram mortos após confronto com a polícia. No entanto, o paradeiro do rapaz continua ignorado.
Investigação
O desaparecimento do estudante, morador de Itapuranga, está sendo investigado por equipes policiais de Ceres, Anápolis e Itaberaí.
Segundo o delegado Kleber Toledo, Murilo teria combinado de se encontrar com uma jovem na noite de sábado, 26, para irem a um mirante em Ceres.
“Ele teria pedido para ela levar ‘bala’ para eles usarem à noite, mas ela disse que não teria como. [...] Ela teria dito que estava em Rianápolis, precisaria conseguir uma carona até Ceres, onde ele a buscaria para irem ao mirante”, contou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, Murilo pediu o carro do pai emprestado e saiu, por volta de 20h40, foi ao espetinho onde foi visto pela última vez em Itapuranga, jantou e seguiu em direção a Ceres, sozinho.
O delegado informou que, segundo testemunhas que estavam no mirante de Ceres naquela noite, Murilo chegou ao local sozinho, conversou com quatro rapazes e, logo depois, os cinco entraram no carro do jovem, com ele ao volante, e foram embora.
“Dá-se a entender que ele deve ter perguntado se algum dos rapazes tinha droga. Provavelmente, eles disseram que não, mas que sabiam onde conseguir. Esses quatro já estavam com a pretensão de roubar um veículo - qualquer veículo - para quitar uma dívida que tinham com uma pessoa ‘acima’ deles e aproveitaram a oportunidade”.
“(Murilo) estava no lugar errado, na hora errada”, completou o delegado, que informou que as investigações continuam para esclarecer alguns pontos sobre o caso. Por exemplo, quando ou onde teria sido dada a voz de assalto no caminho entre o mirante de Ceres e Anápolis, cidade onde os quatro suspeitos do roubo do carro morreram em troca de tiros com equipes da CPE e da Força Tática.
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