51% dizem confiar na imprensa
Relatório do Reuters Institute mostra que, de 3 países, o Brasil é a nação em que a maior porcentagem dos entrevistados (43%) dá preferência a notícias que “compartilham do seu ponto de vista”, ou seja, parciais.
Preferência por notícias parciais ou imparciais em %
Além disso, 51% dos brasileiros afirmam ter confiança nas notícias “em geral”. O percentual é maior quando comparado a Reino Unido (28%) e EUA (29%).
Confiança nas notícias em geral X confiança nas notícias que os entrevistados dizem consumir em %
Pesquisa de setembro mostrou que 55% dos brasileiros acham as informações publicadas na imprensa “mais ou menos confiáveis”. Outros 20% classificam como “muito confiáveis”.
O QUE O RELATÓRIO DIZ
O documento, desenvolvido pelo Reuters Institute e pela Universidade de Oxford, elenca a avaliação de 6 especialistas depois da revisão de 200 publicações que abordam a confiança na imprensa. O grupo também realizou 82 entrevistas com jornalistas de EUA, Reino Unido, Brasil e Índia.
A queda na confiança nas notícias envolve múltiplos desafios: do fornecimento de notícias à demanda do público por informações. Para estudar o mundo da “confiança das notícias” é necessário distinguir o que é confiança, de quem se espera essa confiança e quais são as notícias.
As pessoas têm crenças distintas sobre como o jornalismo funciona, e, às vezes, visões conflitantes sobre o que esperam dele. Ou seja, àqueles que buscam reconquistar ou manter essa confiança precisam traçar objetivos estratégicos.
Os autores sugerem que a desconfiança pode surgir de reportagens que estigmatizam ou ignoram parte do público:
“Muitas organizações de notícias têm procurado lidar com a desconfiança usando vários métodos de engajamento e reconhecendo publicamente suas falhas. Mas focar em algumas comunidades pode alienar outras. Há aqui um risco considerável de se fazer coisas que parecem boas, ou imitar o que outros estão fazendo –com base em pouca ou nenhuma evidência– e isso levar a esforços desperdiçados (na melhor das hipóteses) e a resultados contraproducentes (na pior das hipóteses).”
A avaliação dos leitores em relação à confiança ou desconfiança está “profundamente entrelaçada” com a política, afirma o relatório: “À medida que a confiança em outras instituições diminuiu, a confiança nas notícias normalmente foi seguida de partidarismo, muitas vezes sendo 1 dos mais fortes indicadores de desconfiança”.
“Como os palpites sobre a imprensa são frequentemente dados por líderes políticos, isso acaba por deixar as organizações jornalísticas em desvantagem, pois buscam desempenhar papéis de árbitros imparciais e independentes. Os esforços para melhorar a confiança envolve compromisso mesmo em sociedades divididas e polarizadas”, concluem. Fonte: Digital News Report 2020 / Hanna Yahya / Poder360
O QUE O RELATÓRIO DIZ
O documento, desenvolvido pelo Reuters Institute e pela Universidade de Oxford, elenca a avaliação de 6 especialistas depois da revisão de 200 publicações que abordam a confiança na imprensa. O grupo também realizou 82 entrevistas com jornalistas de EUA, Reino Unido, Brasil e Índia.
A queda na confiança nas notícias envolve múltiplos desafios: do fornecimento de notícias à demanda do público por informações. Para estudar o mundo da “confiança das notícias” é necessário distinguir o que é confiança, de quem se espera essa confiança e quais são as notícias.
As pessoas têm crenças distintas sobre como o jornalismo funciona, e, às vezes, visões conflitantes sobre o que esperam dele. Ou seja, àqueles que buscam reconquistar ou manter essa confiança precisam traçar objetivos estratégicos.
Os autores sugerem que a desconfiança pode surgir de reportagens que estigmatizam ou ignoram parte do público:
“Muitas organizações de notícias têm procurado lidar com a desconfiança usando vários métodos de engajamento e reconhecendo publicamente suas falhas. Mas focar em algumas comunidades pode alienar outras. Há aqui um risco considerável de se fazer coisas que parecem boas, ou imitar o que outros estão fazendo –com base em pouca ou nenhuma evidência– e isso levar a esforços desperdiçados (na melhor das hipóteses) e a resultados contraproducentes (na pior das hipóteses).”
A avaliação dos leitores em relação à confiança ou desconfiança está “profundamente entrelaçada” com a política, afirma o relatório: “À medida que a confiança em outras instituições diminuiu, a confiança nas notícias normalmente foi seguida de partidarismo, muitas vezes sendo 1 dos mais fortes indicadores de desconfiança”.
“Como os palpites sobre a imprensa são frequentemente dados por líderes políticos, isso acaba por deixar as organizações jornalísticas em desvantagem, pois buscam desempenhar papéis de árbitros imparciais e independentes. Os esforços para melhorar a confiança envolve compromisso mesmo em sociedades divididas e polarizadas”, concluem. Fonte: Digital News Report 2020 / Hanna Yahya / Poder360
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