É verdade Margareth, diferentes de anos anteriores, nossos corações não estão exultantes e em festa pela chegada do novo ano, pois por onde passamos, vemos rostos guardados em estampas, o que no máximo pode ser descrito como, um sorriso de olhos tristes, embalado pela canção "...Hoje é um novo dia de um novo tempo...". O mundo inteiro fora assolado por uma grande dor atingindo direta ou indiretamente todos os habitantes da terra, seja por ter sido vitima do vírus, por ter que enfrentar o desalento financeiro com falta de condições em se manter, ou pelo próprio isolamento do convívio social. Apareceu neste momento de dor, insegurança e solidão a “empatia” e em lágrimas e esforços as pessoas se tornaram solidárias e abnegadas.
Profissionais da saúde e Cientistas na linha de frente desta pandemia estiveram abnegados desde o inicio, trabalhando exaustivamente na contramão da doença e de governantes negacionistas que disseminaram o vírus da ignorância. Contudo estes profissionais de saúde, nos hospitais ou laboratórios e/ou nos centros de pesquisas não se deixaram abater trabalhando arduamente, unindo todos os esforços através da tecnologia e todo o aparato, ou não, em favor da vida, portanto são dignos do mais alto valor, respeito e considerações.
Na linha de frente faxineiros, atendentes, motoristas de ambulâncias, enfermeiros, médicos e tantos outros profissionais por traz desta conjuntura, se doaram nos hospitais, sendo que muitos destes já não estão entre nós. Todo o esforço para manter a vida do outro, para tirar a dor das famílias esquecendo-se de si. Estes heróis e heroínas foram resilientes dia após dia, a cada plantão, se mantiveram firmes e fortes como soldados em trincheiras. Nossa dor só não foi maior porque tivemos nos quatro cantos do mundo estes audazes trabalhadores para salvar a vida de outro ser humano, independente de seu currículo, cor, credo, gênero, ou qualquer outra denominação que se queira dar ao ser humano, afinal somos todos de uma só raça e é isso que representa para estes profissionais da saúde.
Todos os esforços para manter a vida de uma forma mais palatável foram orquestrados por muitas outras pessoas de áreas diversas e que tiveram e continuam tendo seu significado e importância nesta travessia ainda em curso, e que durará mais algum tempo. Tivemos os entregadores com suas motocas cruzando as vias das cidades como formigas transportando de um lado para o outro as necessidades do momento para pessoas isoladas em seus lares, principalmente os idosos, os quais precisaram ser mais resguardados; artistas montando telões em faixadas de prédios fazendo sessões de cinema; saxofonistas, trompetistas entre outros se apresentaram nas ruas em meio aos prédios e casas em cima de escadas magirus, nas calçadas ou mesmo nas janelas e sacadas de seus apartamentos, tocando e ecoando belas músicas a fim de levar alento às pessoas isoladas em seus lares.
A solidariedade esteve presente em 2020, de forma constante em pequenos gestos ou em grandes atos. As ONGs se fizeram presentes nas vidas das pessoas em situação de vulnerabilidade social, principalmente antes da liberação de recursos por parte do Governo Federal o qual existiu, mas como todos os atos do Governo Bolsonaro são sempre de forma tardia, pois as pessoas já estavam passando necessidades. Estas organizações (ONGS) serviram de pontes para que Institutos empresariais chegassem até os moradores de rua, bairros carentes e favelas através da distribuição de cestas básicas. Restaurantes se fizeram presentes restaurando seus semelhantes ao distribuírem marmitas para os moradores de rua e pessoas carentes.
Os atos de solidariedade fizeram romper as barreiras sociais e de concreto para deixar um pouco mais leve a vida de muitas pessoas independente da comunidade. A humanidade se faz presente através de atitudes de uns para com os outros a fim de superar esta onda para que a vida retorne a normalidade, muito embora saibamos como bem frisou a nossa Margareth, que nada, jamais, será como antes. Pais, filhos, amigos, colegas de trabalho, professores, alunos,... a covid-19 não poupou ninguém, a lista é interminável. E a máxima: "somos brasileiros e não desistimos nunca!", agora podemos aplicar a todas as Nações “somos humanos e não desistimos jamais”. Pois o vírus e suas consequências assolaram à todos e à todas, independente de estrato social, da profissão, do cargo, ou deste lugar chamado terra, mas não assola a nossa Esperança. Então por todos que lutaram e deixaram de respirar seja pelo vírus biológico ou da intolerância e ignorância, precisamos sim ir adiante e sermos gratos por estarmos aqui, é necessário fazer valer a pena!
É minha irmã Margareth, talvez com a leveza de suas palavras, tenha conseguido me fazer enxergar que possamos ter paz de espírito e tentar de forma diferente fazer um mundo melhor para nós e para aqueles que ainda virão. Sei que precisamos amar e nos deixar amar e com isso teremos a força necessária para reconstruirmos a nossas vidas. Óbvio que a felicidade precisa ser construída e será cheia de saudades, pois tirar a dor sentida em nossos peitos e em nossas almas será um processo duro, depois que tudo passar.
Talvez possamos tentar ser otimistas, porém sem fugir à realidade latente que traz letalidade a todos os habitantes desta nave, e então redobrar a atenção através dos cuidados, com um olho no peixe e outro no gato. Que este ano, nós brasileiros assim como toda a humanidade possamos expurgar alguns vírus de nossas vidas! Feliz 2021! Feliz Ano Novo!
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