Senado busca Consenso com Bolsonaro contra Covid-19


Rodrigo Pacheco, Presidente do Senado e do Congresso Nacional, segundo na linha sucessória da Presidência da República, em entrevista se solidarizou com as famílias e Estados de origem quanto às perdas dos senadores Arolde de Oliveira do PSD-RJ, aos 83 anos no dia 21 de outubro de 2020; José Maranhão do MDB-PB, aos 87 anos no dia 08 de fevereiro deste ano; e Major Olimpio do PSL-SP, aos 58 anos dia 18 de março, em que todos foram parar em leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) se tornando vítimas da Covid-19

Rodrigo Pacheco ressaltou o vigor físico do Major e que mesmo assim sucumbiu por ser uma doença muito severa, devido a mutação das variantes do vírus que atinge pessoas saudáveis e, portanto recomenda-se mais do que nunca os cuidados por parte de todos os brasileiros. Rodrigo prega pela unificação dos poderes com um mesmo discurso e medidas reais para combater a Covid-19.

O negacionismo quando começou a pandemia era uma tese ventilada por diversas pessoas, mas agora ele se tornou uma brincadeira de mau gosto, macabra e medieval, pois não podemos negar a pandemia e os cuidados necessários para evitar a contaminação, sendo necessário o uso de máscaras, higienização das mãos e o distanciamento social...”.

Pacheco deixou claro que os governos locais é que tem a responsabilidade direta para avaliar e administrar as condições para o combate à pandemia e evitar o contagio bem como aplicar restrições de aglomerações de acordo com as necessidades.

Consequências para as Mortes

Apesar da pressão para instaurar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Senado, desde 04 de fevereiro, a fim de apurar responsabilidades do governo federal sobre as ações de combate a pandemia, principalmente após a morte do senador Major Olímpio e da crescente média de mortes diárias que chega a 2.250, bem como da lentidão em aplicar as vacinas existentes, o Senador Pacheco não acredita que este seja o momento propício para buscar culpados. Mas que no futuro, depois da pandemia poderá ser feito apuração dos fatos, ou seja, da responsabilização das pessoas que conduziram a pandemia, desta feita os culpados serão apontados.

O Presidente do Senado tem plena convicção de que no momento deve se verificar e apontar os erros, pois foram sucessivos em um ano de pandemia e é sabido que não se deve fazer como, para tanto elenca erros identificados neste período, tais como:

-Negacionismo de Políticos Brasileiros;

-Ações descoordenadas do governo;

-Aglomerações em praias;

-Festas clandestinas;

-Cassinos clandestinos;

-Pessoas negando a gravidade da pandemia, incluem-se autoridades, óbvio;

-Faltam leitos de UTI suficientemente depois de um ano de pandemia;

-Hospitais de campanhas que foram desativados, subestimando a necessidade para a segunda onda que estava por vir.

Proposições do Senado Federal

Em sua avaliação, o país errou em suas políticas públicas na condução do combate a covid-19 em que o Itamarati cometeu erros gritantes ao conduzir políticas agressivas contra países que são fundamentais neste momento como a China, para que adquirisse as vacinas. O Senador concordou com os jornalistas que as falas do Presidente Bolsonaro inviabilizaram uma coordenação eficaz nesta pandemia e seu negacionismo produziu efeitos desastrosos para a sociedade. Portanto ele acredita que o senado deve ouvir sugestões e estabelecer pontos de convergência para verdadeiramente enfrentar a pandemia, para tanto é necessário colocar medidas propositivas para combate a Covid-19, tais como:

-Uma comissão instituída no mês de fevereiro deve acompanhar a evolução da covid-19, para propor soluções e fiscalizar o executivo;

-A iniciativa para a existência da Lei 14.125, a qual permite o aumento do ganho de escala da vacinação no país, instando o governo executivo a assinar com laboratórios como Pfizer e a Janssen para a contratação de 138 milhões de doses;

-Em carta a Presidente do Senado dos Estados Unidos, Kamala Harris, solicitando facilidade de compras das vacinas que estão sobrando lá do laboratório AstraZeneca/Oxford;

-Buscar soluções para a crise como encaminhamento de socorro em busca de indústrias para adquirir oxigênio; soluções para oferecer mais leitos de uti; Importar insumos e medicamentos para intubação, entre outras medidas práticas.

-Respeitar as medidas que governadores e prefeitos tomam para conter o avanço da pandemia em seus locais, seja de restrições e/ou lockdown.

-Exigir do novo Ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, uma politica de saúde que seja adequada, pois é preciso mergulhar no trabalho do ministério para identificar dificuldades de operacionalização com trabalho 24 horas por dia, para tanto encontrar pessoas que sejam resolutivas, e que esta troca de ministro não seja simplesmente uma troca de nomes, mas sim de política na saúde.

Pacheco se preocupa não somente com as mortes, mas como elas estão acontecendo, em que faltam leitos de UTIs, falta oxigênio e insumos fazendo com que as pessoas tenham mortes sofridas, sufocadas, ou seja, sem ar, de forma desumana, sem oxigênio, sem sedativos para manter o cidadão sem sofrimento. E com o pós-morte em que faltam lugares para as famílias enterrarem seus entes bem como funerárias no Brasil capazes para o momento. Diante deste quadro o Presidente do Senado acredita que seja inexorável a participação de todos os poderes sentarem-se à mesa para convergir sem ideologias, pois este não é o papel do Senado Federal.

Senado Busca Pacto Nacional

Contudo Rodrigo Pacheco acredita que o Senado Federal é a casa dos Estados da Federação e, portanto cabe a esta promover em nível nacional um pacto em torno do enfrentamento a covid, abstraindo os culpados, e identificando erros a fim de tirar o Brasil deste momento. Pacheco disse que acontece uma reunião nesta quarta feira, dia 24 de março de 2021, com o Presidente da República Jair Bolsonaro; com ele, Presidente do Senado; o Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lyra; Presidente do Superior Tribunal Federal Luiz Fux; Procurador Geral da República Augusto Aras; Ministro da Saúde Marcelo Queiroga bem como todos os Governadores de Estado e do Distrito Federal, sob a coordenação e liderança do Presidente da República, para juntos chegar a um consenso para algo que é básico em que os discursos e as ações sejam uniformes. Além desta união o exemplo público dos chefes de poderes de todas as instituições do Brasil, com uso de máscara, distanciamento social, com cumprimento de punhos cerrados, com a união de manifestação nacional.

O Presidente do Senado Federal acredita que o Presidente Bolsonaro eventualmente possa em rede nacional dizer da mutação desse vírus e a gravidade desta doença de meses pra cá, recomendando de maneira irremediável e inadiável que as pessoas tomem consciência de que elas precisam permanecer isoladas, se possíveis. Afinal, disse o senador, "é preciso empatia, responsabilidade e dever, e patriotismo que este problema é muito maior que os interesses individuais políticos eleitorais de cada qual".

Rodrigo Pacheco acredita que é preciso lidar com racionalidade, com calma, mas com as reações necessárias para dar solução ao problema, pois as manifestações e os entendimentos de cada qual sucumbe às necessidades imediatas de soluções iminentes ao Brasil, pois é necessário dar soluções normativas e práticas nos pontos de convergência e nos pontos divergentes, então caberá ao STF se pronunciar e as partes respeitar e cumprir. Rodrigo disse ainda que é preciso dar uma oportunidade ao Brasil e as instituições de sentarem a mesa a fim de buscar os pontos convergentes.

Por Antonio Oliveira 



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