Alternativas propostas pelo Governo Federal consideram densidade populacional e crescimento urbano a médio prazo
Debate com parlamentares, empresários e outros representantes da sociedade civil deve continuar nos próximos meses para construção de proposta que será levada para apreciação em audiência pública, em dezembro
Em mais um debate para alcançar definição sobre o Anel Viário da Região Metropolitana de Goiânia, o Governo de Goiás, representado pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), recebeu equipes técnicas do Ministério da Infraestrutura (Minfra) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na quinta-feira, 16/09. Os representantes do Governo Federal apresentaram quatro traçados alternativos ao desenho original, que é de 1996, e ouviram as demandas de parlamentares, empresários e outros setores da sociedade civil que estavam presentes ao encontro.
Em mais um debate para alcançar definição sobre o Anel Viário da Região Metropolitana de Goiânia, o Governo de Goiás, representado pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), recebeu equipes técnicas do Ministério da Infraestrutura (Minfra) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na quinta-feira, 16/09. Os representantes do Governo Federal apresentaram quatro traçados alternativos ao desenho original, que é de 1996, e ouviram as demandas de parlamentares, empresários e outros setores da sociedade civil que estavam presentes ao encontro.
A obra do Anel Viário é de responsabilidade do Governo Federal, que tem contado com o suporte da equipe técnica da Goinfra. Em maio, representantes do Minfra e do BNDES estiveram em Goiânia para ouvir da agência sugestões para a elaboração de um traçado mais condizente com a realidade atual da Região Metropolitana. Eles também estiveram nos pontos mais críticos do trânsito na capital.
Com base nas informações coletadas, os técnicos federais promoveram novos estudos e retornaram nesta semana para apresentar, sob o ponto de vista do Ministério da Infraestrutura, as soluções possíveis e mais adequadas para a Região Metropolitana, diante das transformações demográficas ocorridas principalmente em Goiânia, Trindade, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. “Desta vez, o Ministério da Infraestrutura e o BNDES apresentaram detalhamento sobre custo, modelagem, formas de execução e de como equacionar essas obras dentro de um pacote de concessões que o Governo Federal vai preparar”, destacou o presidente da Goinfra, Pedro Sales.
Coordenador-geral da Secretaria Nacional de Transportes Terrestres, Stéphane Quebaud, contou que, após ouvir os técnicos da Goinfra sobre a problemática do contorno, voltou para Brasília com a missão de trabalhar os traçados existentes e desenvolver novas alternativas que impactam diretamente em 25 municípios. “Retornamos agora com mais conhecimento sobre as urgências das cidades, para mostrar o nosso entendimento, atualizar as informações sobre concessões relacionadas à BR-153 em Goiás e mostrar os passos para a viabilização de cada uma das nossas propostas”, disse.
O presidente da Goinfra enfatizou que o governo estadual é um dos atores envolvidos na busca por uma solução para o Anel Viário, e que o debate sobre o tema está posto para toda a sociedade, para opiniões práticas e executáveis. Para ele, a bancada parlamentar goiana, representada no encontro pelos deputados federais Flávia Morais e Delegado Waldir, deverá também levar o assunto aos outros congressistas, prefeitos, Associação Goiana dos Municípios (AGM) e todos os demais envolvidos na solução do problema, para que, de forma consensual e democrática, seja escolhido o melhor caminho.
O ponto crucial de toda a movimentação em torno do assunto, segundo Pedro Sales, é retirar o fluxo de dentro das vias urbanas essenciais. “Quem vai de um bairro para outro e que faz as suas atividades normais do dia a dia, não precisa dividir espaço com aquele que trafega pela BR e segue o seu destino longo. Você não mistura esses dois usuários, cada um tem o seu percurso dentro da rodovia e isso faz toda a diferença na contagem rodoviária”.
Os traçados alternativos elaborados pelo Governo Federal foram apresentados pelo gerente do BNDES, Leonardo Leão. A obra do Anel Viário foi dividida em três quadrantes (sul, norte e leste) e, na elaboração das propostas, evitou-se as áreas de proteção ambiental, mananciais e áreas edificadas e foi considerada a hipótese de utilização de algumas vias existentes. Ao final, resultou em quatro possibilidades, atentas tanto às opções que se aproximam da mancha urbana atual, quanto às que preveem crescimento a médio prazo do adensamento populacional.
A discussão, que é complexa, estimulou a deputada federal Flávia Morais a marcar presença em mais essa reunião, para acompanhamento de todas as etapas de um processo que reflete, hoje, sobre a qualidade de vida de mais 2,5 milhões de pessoas. “Nós temos a questão do Anel Viário como prioridade e participamos da discussão para que tenhamos um projeto construído por todos”, enfatizou.
Para o deputado federal Delegado Waldir, o debate também é político, pois envolve vários parlamentares e gestores em uma demanda que se arrasta desde 1996 e que acontece simultaneamente a embates de grande importância, como a Ferrovia Norte Sul. “Não queremos mais uma vez criar um sonho. Queremos soluções”, cobrou.
Com a palavra dada aos participantes do auditório, os técnicos do Minfra e do BNDES se comprometeram a avaliar outras ideias e projetos apresentados, como a de empresários que defendem a continuação do traçado original. Nos próximos meses, novas reuniões devem ocorrer em Goiânia e em Brasília, para a construção de uma saída consensual. O objetivo é que, em dezembro, seja possível submeter o novo traçado à sociedade de forma mais ampla, por meio de audiência pública.
Participações
O evento também foi acompanhado pelos integrantes da Diretoria de Planejamento da Goinfra; por Diego Santos, diretor substituto do Departamento de Rodovias da Secretaria Nacional de Transportes Terrestres do Minfra; Euler Morais, chefe de gabinete do deputado federal e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner; pelo assessor do senador Vanderlan Cardoso, Samuel César; secretária executiva da Secretaria de Relações Institucionais de Goiânia, Lílian Souza; e por representantes da sociedade civil, de clubes de engenharia e das associações comerciais de Goiânia e Aparecida.
Eleyda Moreira / Goinfra
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