Radiotelescópio é uma das inovações do país, que trabalha em parcerias internacionais
O que o céu brasileiro poderá dizer para o mundo? Essa é a pergunta que grupos de astronomia e pesquisadores do país vêm tentando responder através de diversos programas de observação nacionais e internacionais. E um dos projetos que poderão ampliar ainda mais a compreensão desta área da ciência ainda tão desconhecida é o radiotelescópio BINGO, também conhecido como "Diamante do Sertão".
"A proposta é estudar a energia escura e também o fenômeno Fast Radio Bursts ["rajadas rápidas de rádio", em tradução livre], ainda pouco conhecido", conta Elcio Abdalla, coordenador do projeto e professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP).
O projeto contribuirá com a visão do Hemisfério Sul para um trabalho sobre o fenômeno que já vem sendo realizado por meio do Chime (Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment) no Hemisfério Norte.
Assim como o BINGO, que está sendo construído em São Paulo, há outros projetos importantes em astronomia no Brasil, aponta Abdalla. O GMT (Giant Magellan Telescope) e o Llama são os principais deles. "O primeiro é uma grande colaboração internacional e o Llama foi desenvolvido basicamente entre Brasil e Argentina".
O Brasil também participa ativamente do projeto JPAS (Brasil e Espanha), e o DES (Dark Energy Survey) que é uma colaboração internacional. "Basicamente todos têm interesse na distribuição de galáxias no Universo. Os métodos são diferentes, o GMT tem um processo adaptativo, o Llama é um radiotelescópio, assim como o BINGO", comenta.
Ineditismo brasileiro
Mas é através do BINGO que teremos a primeira observação de estruturas muito grandes (BAO - Baryon Acoustic Oscillations) na faixa de rádio aqui no Brasil.
"Ele também trará outras observações de importância em outras áreas da astronomia/astrofísica e cosmologia. Ainda há muito a estudar no interior desta galáxia. Mas principalmente pulsares, que serão vistos pelo BINGO em detalhe e estrelas com emissão aleatória. A estrutura de ruídos da galáxia será observada trazendo informação sobre sua estrutura", explica Abdalla.
BINGO: inovação no sertão brasileiro
O radiotelescópio será instalado na Serra do Urubu, no município de Aguiar, a 257 km da capital da Paraíba. O seu objetivo principal será explorar novas possibilidades na observação do universo a partir do céu brasileiro.
O chamado "setor escuro do Universo" estará no foco das descobertas. No sertão, longe da poluição eletromagnética, será possível saber mais sobre estruturas desconhecidas, desde a galáxia, pulsares que ainda precisam de observação e perceber novos sinais, da galáxia e também do espaço. Abdalla observa que "cerca de 95% do conteúdo energético do universo é completamente desconhecido, e o BINGO olhará para a distribuição detalhada da matéria conhecida para verificar os vínculos do setor escuro".
"Ainda há muito a estudar, principalmente pulsares, que serão vistos pelo BINGO em detalhe, além de estrelas com emissão aleatória e dos FRB´s, estes últimos genericamente extra-galácticos", comenta Abdalla.
Assim como o BINGO, que está sendo construído em São Paulo, há outros projetos importantes em astronomia no Brasil, aponta Abdalla. O GMT (Giant Magellan Telescope) e o Llama são os principais deles. "O primeiro é uma grande colaboração internacional e o Llama foi desenvolvido basicamente entre Brasil e Argentina".
O Brasil também participa ativamente do projeto JPAS (Brasil e Espanha), e o DES (Dark Energy Survey) que é uma colaboração internacional. "Basicamente todos têm interesse na distribuição de galáxias no Universo. Os métodos são diferentes, o GMT tem um processo adaptativo, o Llama é um radiotelescópio, assim como o BINGO", comenta.
Ineditismo brasileiro
Mas é através do BINGO que teremos a primeira observação de estruturas muito grandes (BAO - Baryon Acoustic Oscillations) na faixa de rádio aqui no Brasil.
"Ele também trará outras observações de importância em outras áreas da astronomia/astrofísica e cosmologia. Ainda há muito a estudar no interior desta galáxia. Mas principalmente pulsares, que serão vistos pelo BINGO em detalhe e estrelas com emissão aleatória. A estrutura de ruídos da galáxia será observada trazendo informação sobre sua estrutura", explica Abdalla.
BINGO: inovação no sertão brasileiro
O radiotelescópio será instalado na Serra do Urubu, no município de Aguiar, a 257 km da capital da Paraíba. O seu objetivo principal será explorar novas possibilidades na observação do universo a partir do céu brasileiro.
O chamado "setor escuro do Universo" estará no foco das descobertas. No sertão, longe da poluição eletromagnética, será possível saber mais sobre estruturas desconhecidas, desde a galáxia, pulsares que ainda precisam de observação e perceber novos sinais, da galáxia e também do espaço. Abdalla observa que "cerca de 95% do conteúdo energético do universo é completamente desconhecido, e o BINGO olhará para a distribuição detalhada da matéria conhecida para verificar os vínculos do setor escuro".
"Ainda há muito a estudar, principalmente pulsares, que serão vistos pelo BINGO em detalhe, além de estrelas com emissão aleatória e dos FRB´s, estes últimos genericamente extra-galácticos", comenta Abdalla.
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