Sintego entrega a Greve
Uma Guerra cheia de batalhas e vários inimigos no ninho, assim define-se a Greve dos Administrativos e Professores da rede municipal de Goiânia (SME) para conquistarem direitos que são vigentes nas leis do município, mas que de forma acintosa o prefeito Rogério Cruz se nega a pagar e portanto depois de 28 dias termina um período desgastante para todos os atores envolvidos direta ou indiretamente.
Neste ensolarado décimo segundo dia do mês de abril, passado das dez horas iniciava a assembleia dos profissionais da Educação convocada com menos de 24 horas para um lugar sem estrutura para acolhê-los, não obstante a isso também um imbróglio de ligações e tentativas de criar ainda mais desgaste por parte daquele que deveria zelar pelas demandas requeridas exaustivamente em reuniões, assembleias, passeatas, requerimentos protocolados, conversas com parlamentares... Enfim...
A presidente do sindicato que segundo a prefeitura pode sentar-se à mesa de negociação junto ao prefeito e seus cabideiros, ela, somente ela, a Sra. Euzébia Lima, conversou e como ela mesma diz passou horas com eles fazendo contas que no primário, ops, no ensino fundamental, a Criança na aula de matemática poderia fazer e responder.
Todavia somente durante a assembleia pode receber respostas das contas que ainda faziam desde o dia 15 de março para se chegar ao mesmo, ops, erro de novo, agora com acréscimo de 50 reais para o auxílio locomoção. Todavia esse mesmo auxílio também para os professores, mas com uma diferença, pois a gasolina dos administrativos é "mais barata", portanto receberão R$ 300,00 enquanto que os professores receberão R$ 675,00.
Além desta novidade que segundo a presidente Bia, os administrativos tanto queriam e segundo ela era mais importante de tudo (palavras desta senhora), também a data base de 2020 e 2021 de 9.32% para pagamento em abril e aproximadamente 12% para pagamento em maio ainda, o que outrora já tinha sido proposto em assembleia que fora rejeitado.
Para os professores permaneceu tudo do mesmo jeito, ou seja voltou a proposta que fora rejeitada sendo 10.16% em abril, mais 4,84% para setembro se houver disponibilidade no orçamento e que o restante para se chegar aos 33,24% será exigido na justiça, mais 50% do valor do auxilio locomoção e mais 50% de regência, além da retirada do art. 6 do projeto enviado para a Câmara municipal.
Contudo o Sintego (Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Goiás) na pessoa da sua presidente e de seus membros diretivos dentre os quais os auxiliares de atividades educativas Washington e Daniel Mendes persuadiram seus pares para admitir as propostas como as melhores e possíveis para que todos acatassem e assim se fez.
Numa manobra de palavras realizadas pela presidente Bia, sem não antes partir para o jogo de ofensas pessoais ao comandante do Simsed (Sindicato Municipal dos Servidores da Educação do Município de Goiânia), Antonio Gonçalves, e seus diretores tentando desacreditá-los perante os presentes, para depois com o sol ao centro da cabeça cozinhando os miolos fazer uma minoria ali existente dos grevistas da rede acatarem aquilo que já estava pronto desde o começo da greve.
Foram 28 dias sem aula; Sem obter a reposição salarial digna de acordo com a Lei; Com desgaste politico para os Vereadores Governistas, para o Secretário da Educação Wellington Bessa que é marinheiro da Câmara de primeira viagem sem nenhum traquejo político, para o prefeito da capital Rogério Cruz que além de não ter traquejo com a coisa pública menos ainda com seus servidores e menos ainda senso e poder de negociação, ficando numa redoma como se um rei fosse. Lembrando que rei morto, rei posto.
Mais uma vez... E qual o motivo de comemoração por parte do Sintego ao final da assembleia, nesta derrota dos Educadores para a boçalidade de um gestor medíocre?, Com astucia das raposas venceram uma batalha, mas não a guerra. Pois a greve acaba mas deixa lições para todos, inclusive para aqueles que aparentemente a vitória lhes sorriu... se sorriu que vantagem maria leva?
Entretanto o Movimento de Greve pode contar com inúmeras famílias as quais expressaram através de abaixo-assinados chegando a mais de 5 mil assinaturas em favor do reajuste, além de reuniões como dos familiares de alunos do CMEI Village Atalaia e o apoio de alguns Vereadores como Aava Santiago e Mauro Rubem o qual esteve presente no movimento desde 15 de fevereiro no Paço Municipal.
Todavia a maior vantagem desta greve foi expor as mazelas da desgovernança de Rogério Cruz e apresentar suas deficiências enquanto político e gestor de uma Capital rica e próspera, porém pessimamente administrada.
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