Foto: Carl de Souza |
Depois de uma campanha acirrada entre os candidatos aos postos de comando da politica brasileira para os Estados Brasileiros e o Planalto Central, cheia de ataques e fake news por parte da grande maioria dos postulantes aos cargos de Deputados Estaduais, Governadores, Deputados Federais, Senadores e Presidente da República no primeiro turno tendo se encerrado em muitos Estados as disputas internas como foi o caso de Goiás, restando o segundo turno para a disputa presidencial. E como não poderia deixar de ser, no segundo turno a disputa entre os primeiros colocados no primeiro turno colocaram frente a frente o ex-Presidente Luiz Inácio "Lula" da Silva e o atual Presidente da República Jair Messias Bolsonaro
Com plataformas de governo completamente opostas Lula e Bolsonaro disputaram fake news, costumes, nichos religiosos, classes sociais e regiões brasileiras, ademais disso colocaram frente a frente modelos de política econômica díspares e políticas sociais. Mas no fim a vitória foi do povo brasileiro que por ora se livrou de um fantasma.
Ambos os postulantes ao cargo maior do nosso País têm perfis opostos no trato como o povo e com as políticas sociais. Bolsonaro põe em risco a democracia, questiona a ciência, e usa de artífices que fogem a racionalidade de um homem pós moderno. Já Lula é um postulante que figura com o carisma inegável e tem sua base mantida nas classes mais baixas e com setores ligados às políticas sociais, mas também tem bom trânsito entre todos os setores da sociedade brasileira.
Neste segundo turno o acirramento para a disputa de votos foi tenso deixando os brasileiros presos aos números voto a voto e com pequena margem Lula obtém a vitória. E Bolsonaro sai derrotado mas não extinto, Lula ganha com margem de pouco mais de dois milhões de votos, obtendo 60.345.999 votos, correspondendo a 50,90%, e Bolsonaro com 58.206.354 votos, correspondendo a 49,10%. Portanto Lula volta ao Planalto Central e se torna pela terceira vez o Presidente da República.
Mas falta bom senso como faltou até então para que Jair Bolsonaro participe do jogo democrático e aceite o resultado das urnas, o qual joga para as Forças Armadas a responsabilidade da lisura das urnas. Em uma falta de consciência política e democrática, Bolsonaro não se rende aos resultados das urnas, e portanto até o momento não parabeniza o presidente Eleito como de praxe no regime democrático. Já o Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira em um discurso apaziguador colocou o congresso nacional à disposição do novo Presidente da República a partir de 1º de Janeiro de 2023, dando ênfase à democracia, o respeito e valoração das urnas.
Arthur Lira |
Lula se torna o nono presidente eleito da nova república, período de redemocratização do Brasil a partir de 1985, sendo o trigésimo nono presidente do Brasil. Nesta eleição a maioria do povo de forma democrática o escolheu através das urnas neste 30 de outubro, para um mandato de quatro anos a partir de 1º de janeiro de 2023. Em seu discurso após o resultado das urnas lido com a ajuda de sua esposa, a socióloga Rosângela da Silva (Janja), petista de carteirinha, Lula reforçou que o povo quer mais democracia, emprego, políticas sociais, lazer, igualdade de ganho entre mulheres e homens, mesmos direitos e oportunidades entres negros, índios e brancos.
O Presidente eleito reforçou que o país através da democracia precisa se restabelecer como um único povo e uma grande Nação, em que o verde e amarelo seja do povo brasileiro, ensejou que seja a hora de baixar as armas as quais jamais deveriam ser empunhadas e que as famílias precisam encontrar a paz pois não é possível a discórdia nas famílias, não é interessante a ninguém viver num país em estado de guerra. Lula se dirigiu para Governadores, Prefeitos, políticos e sociedade civil organizada para uma conciliação democrática a fim de retomar as demandas da sociedade.
Lula em seu primeiro discurso como presidente eleito se dirige aos 215 milhões de brasileiros e disse que governará para todos. Deu ênfase as políticas sociais; Desmatamento zero na Amazônia; Aquecimento global; Economia verde e digital; Combate a fome e desigualdades; Politica Internacional com o Brasil de retorno à cena como protagonista.
Lula encerrou seu discurso: "O Brasil é minha causa, o povo é minha causa e combater a miséria é a razão pela qual vou viver até o fim da minha vida".
O Brasil sai vitorioso, pois vence o arcaísmo e retrocesso famigerado de pequenos grupos elitizados, os quais usam a massa de forma espúria para aniquilar direitos e comprometer a subsistência dos mais pobres. O Brasil sai vitorioso porque temos a esperança de políticas públicas serem retomadas a fim de melhorar a vida daqueles que não tiveram sorte igual aos mais afortunados. O Brasil sai vitorioso porque não podemos rasgar a Constituição e deixarmos de ser um Estado Laico. O Brasil sai vitorioso não porque um homem se reelege, mas porque o projeto de plataforma abarca os miseráveis sem que seja em detrimento de ricos e abastados. O Brasil sai vitorioso nestas eleições porque voltamos a pensar de forma democrática sem medo dos autoritarismos e que tenhamos a união sem revanchismo. Que sejamos um Povo e uma só Nação apesar das diferenças sociais étnicas, religiosas, de gênero, ou sejam elas quais forem, precisamos de respeito à todos, de respeito à Vida.
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