Dengue: mitos e verdades sobre o Aedes aegypti


Mosquito é transmissor da dengue, zica, chikungunya e febre amarela urbana


Com a proximidade do período de chuvas, o Brasil está em estado de alerta para evitar um novo aumento nos casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Entre janeiro e outubro desde ano, de acordo com levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, o número de casos da doença no Brasil subiu quase 185% na comparação com o mesmo intervalo de tempo do ano passado, alcançando a marca de 1,3 milhão de notificações. Neste período, foram registradas 909 mortes.

Segundo Natalia Verza Ferreira, cientista, doutora em Genética e Biologia Molecular e diretora da Oxitec do Brasil, esse cenário decorre do fato de que o Aedes aegypti tem se adaptado e descoberto novas formas de se reproduzir, inclusive em água suja, o que não ocorria há alguns anos.

A especialista relaciona alguns mitos e verdades sobre o mosquito:

VERDADE

Somente as fêmeas do Aedes aegypti picam o ser humano: os machos não se alimentam de sangue, somente as fêmeas, que sugam o sangue para produzir e botar ovos.

O combate ao mosquito Aedes aegypti é a melhor forma de prevenção da dengue: embora já exista uma vacina contra a doença (cara e ainda pouco eficaz), a melhor forma de prevenção é a eliminação dos criadouros, controle ambiental da população de mosquitos, uso de repelentes e telas em caixas d’água e janelas.

MITO

O mosquito não circula no inverno: as baixas temperaturas não impedem o nascimento e circulação do Aedes aegypti no meio ambiente. Os ovos podem, inclusive, resistir por cerca de um ano até eclodirem.

Uso de inseticidas é suficiente para evitar a circulação do mosquito: além dos inseticidas, é necessário evitar água parada em depósitos que podem se tornar criadouros. Além disso, existem soluções como o Aedes do Bem, que promove o controle da população de mosquitos no meio ambiente por meio de mosquitos machos geneticamente modificados (com características autolimitantes), que cruzam com as fêmeas e, da prole, só sobrevivem machos.

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