Dia do Vinho Brasileiro terá evento especial em Goiânia


Kombi do Vinho está preparando uma semana inteira de comemoração para evidenciar rótulos produzidos Brasil afora


Todo primeiro domingo de junho, no caso, o próximo dia 4, é comemorado o Dia do Vinho no Brasil. A data foi instituída em 2003, no Rio Grande do Sul, mas só virou lei oficialmente em 2017. E o que não falta são motivos para festejar. A produção e o consumo de vinho cresceram substancialmente no País nos últimos anos.

A sommelière d'A Kombi do Vinho, Emilia Carvalho Almeida, que também é sócia do Brinda Brasil desde 2016, resolveu explorar a data comemorativa e apresentar aos seus clientes o que se produz de bom pelo País afora com o Brinda Brasil (versão pocket). “Tradicionalmente, o vinho brasileiro é associado à Serra Gaúcha, principalmente, Vale dos Vinhedos que abrange Bento Gonçalves, Garibaldi, Caxias do Sul e Flores da Cunha, berço da viticultura brasileira. Porém, atualmente, temos vinhedos espalhados pelo Brasil, em latitudes e 'terroir' diversos”, conta a especialista.

Ela preparou uma noite especial, 2 de junho, sexta-feira, a partir das 20h, para comemorar a data com degustação do que há de melhor sendo produzido em terras brasileiras, com 10 rótulos de vinhos nacionais e três comidinhas brasileiras inclusas, além de dez dias de promoção, de 1º a 10 de junho para oferecer descontos de até 15% nos rótulos nacionais.

A degustação acontece no Setor Jaó e as Reservas podem ser feitas pelo (62) 99501-0196.

Emilia revela que a seleção dos vinhos para a semana comemorativa foi feita de maneira a trazer uma amostragem das principais zonas de produção de vinho. “Do Rio Grande do Sul, vinhos da Campanha Gaúcha e Serra Gaúcha. Teremos ainda rótulos de Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Pernambuco”, evidencia.


Emilia

Preferência

No Brasil, há uma diversa participação das espécies viníferas sendo plantadas, tanto destinadas a vinhos tranquilos quanto a alguns espumantes. No entanto, as principais são Moscato, Cabernet Franc, Riesling, Merlot, Syrah, Tannat, Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Sauvignon Blanc, Touriga Nacional e Alvarinho. Cada espécie vai depender da diversidade de climas que favoreça variados cultivos de norte a sul e de leste a oeste do País.

“A diferença entre seco, meio seco e doce é a quantidade de açúcar residual no vinho, classificado conforme a legislação brasileira, que é de 4 gramas por litro no seco, 5 a 25 gramas no meio seco e mais de 25 gramas no doce”, explica a sommelière.

Segundo ela, existe uma preferência mundial aos vinhos tintos e a diferença entre as tonalidades de vinho está no processo de vinificação. “O tinto é vinificado com a casca da uva no processo todo para conseguir a coloração escura, já o rosé passa pelo processo parcialmente com a casca para pegar um pouco da coloração e, no vinho branco, é utilizado apenas o bago da uva, não tendo contato com a casca”.


Dados


Os últimos anos, principalmente 2020/21, trouxeram mudanças no mercado de vinhos, com novos adeptos à bebida fermentada de uva. O consumo per capita de vinho chegou a 2,8 litros ao ano em 2020, mas teve uma pequena retração, chegando aos 2 litros anual, segundo a Associação Brasileira de Sommeliers (ABS). A movimentação brasileira foi de 438,8 milhões de litros da bebida alcoólica em 2022, redução de 10% em comparação ao ano anterior, porém, em comparação a 2019, houve alta de 14%, segundo dados da Ideal Consulting, empresa de inteligência de mercado voltada para o setor de vinhos.

Dados da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) revelam que, entre 2019 e 2021, a comercialização de vinhos cresceu 75% no Brasil. No geral, incluindo vinhos e espumantes nacionais e importados, o aumento no consumo no período foi de 27%, segundo a Ideal Consulting. Dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) mostram que hoje o consumo per capita de vinhos no Brasil é de 2,4l.

Dados fornecidos em 2020 pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) afirmam que o Brasil possui cerca de 1,2 mil vinícolas, sendo que 70% estão no Rio Grande do Sul e as outras 30% espalhadas em Santa Catarina, 
Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia.
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