DIU se torna cada vez mais popular entre métodos contraceptivos


Durabilidade, facilidade e autonomia de escolha estão entre os principais pontos levados em conta na hora de decidir por usar o DIU

Disponível às mulheres desde a década de 1960, o dispositivo intrauterino (DIU) é um método contraceptivo de longa duração que tem despertado cada vez mais interesse entre o público feminino por ser um processo de colocação rápido, seguro e, muitas vezes, indolor.

De acordo com a médica ginecologista e mastologista, Aline Regina Nunes, do Centro de Oncologia IHG, entre os benefícios estão a sua longa eficácia, que pode durar de cinco a dez anos, dependendo do tipo escolhido; opções não-hormonais e poucos efeitos colaterais; pode ser usado por mulheres, adolescentes, e por quem nunca engravidou; além de ser ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como parte do planejamento familiar. “Isso proporciona uma solução de planejamento familiar de baixa manutenção e conveniência, eliminando a necessidade de lembrar diariamente a ingestão de pílulas contraceptivas. Além disso, a remoção do DIU não compromete a fertilidade. Isso significa que, ao decidir engravidar, é possível fazê-lo assim que o DIU for removido, sem atrasos significativos”, afirma a médica.

Existem no mercado alguns modelos de DIU, todos eles com suas características para atender as particularidades de cada paciente. “Os não hormonais, ou seja, aqueles que não contam com a presença de hormônios, são de cobre e de prata. O primeiro utiliza o cobre como agente contraceptivo, interferindo na movimentação dos espermatozoides e evitando a fertilização. Já o segundo é a associação dos dois metais, prata e cobre. Essa junção reduz o risco de oxidação e fragmentação dos sais do cobre no útero da mulher”, explica.

Já entre os hormonais existe o sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG), o Kyleena® e o Mirena®. Esses liberam, em diferentes modos e medidas, o hormônio progesterona, que afeta a espessura do muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides. Além disso, a progesterona pode inibir a ovulação. “Este tipo de DIU é apreciado pelas mulheres devido à redução das cólicas e do fluxo menstrual”, pontua Aline.

O SIU-LNG em específico, possui um sistema de liberação controlada de levonorgestrel. Este dispositivo libera o hormônio de forma controlada ao longo do tempo, proporcionando uma contracepção eficaz por um período mais prolongado. O dispositivo conta com a vantagem de reduzir o fluxo menstrual, sendo que a maioria pode parar de menstruar. “É uma ótima opção também para as mulheres que tem muito fluxo menstrual e não apresentem contraindicações para o seu uso”, reforça.

Segundo Aline, geralmente, todos os corpos se adaptam ao DIU, mas para que isso ocorra é necessário realizar avaliação médica especializada. Em geral, a mulher deve estar em dia com o exame de Papanicolaou do colo do útero e ter um ultrassom endovaginal, para avaliar que não há nenhuma alteração que possa impedir ou dificultar a inserção. Depois de colocado é imprescindível, realizar junto ao médico, um acompanhamento periódico, conforme decisão conjunta com o ginecologista. O DIU representa uma opção valiosa, contribuindo para uma maior autonomia e bem-estar das mulheres em todo o mundo. Nesse sentido, a sua inserção deve ser decidida com cuidado e atenção, obedecendo apenas o desejo de quem vai colocar e o direcionamento do médico responsável.

Médica Aline Regina Nunes

Informações via Naiara Gonçalves

Postar um comentário

Comentários