Prefeito de Goiânia é o responsável pela Greve da Educação iniciada nesta terça-feira

Por Antonio Oliveira


Dia conturbado para muitas famílias nesta terça-feira, 27, devido ao reinicio de greve deflagrada em assembleia na semana passada, pois em torno de 225 instituições de ensino da rede municipal de Goiânia tiveram seu funcionamento afetado em partes ou em sua totalidade


Mas ainda no primeiro dia de greve, foi convocada assembleia para o final da tarde desta terça-feira, às 17 horas, no Cepal do Setor Sul, pelo Sintego (Sindicato do Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás), com o intuito de apresentar proposta oferecida pelo Secretário de Educação do Município de Goiânia, Rodrigo Caldas.

Segundo servidores faltou pautar importantes pontos além do plano de carreira, como as dificuldades que eles têm para tratar sua saúde através do IMAS (Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia) e a falta de comprometimento da Secretaria de Educação em realizar as progressões verticais e horizontais já vencidas, independente do plano de carreira em discussão.

Sendo assim a pauta se ateve ao plano de carreira, ou melhor, ao objetivo de encerrar a greve no mesmo dia que recomeçou, pois a Sra. Euzebia de Lima, deputada estadual e presidente do Sintego, recebeu a proposta do Secretário de Educação para passar aos servidores administrativos como um "cala-boca" substituindo o plano de carreira por mais R$ 300,00 de auxílio locomoção, somando-se ao que os servidores já recebem hoje, passaria para R$ 800,00.

Todavia durante a apresentação desta proposta à categoria, a Deputada Bia de Lima relatou que o secretário Rodrigo Caldas ameaçou entregar o cargo caso os servidores não aceitassem tal proposta, o que segundo a interlocutora lhe disse esse auxílio não era o que importava a categoria no momento, mas sim o "plano de carreira".

Contudo a categoria através de votação presidida pelo Sintego, realizada no fim da tarde desta terça-feira ensolarada, rejeitou a proposta do Secretário de Educação Rodrigo Caldas, dando fim à assembleia.

Mas, não sem antes, a Sra. Bia de Lima se posicionar contra a mistura de pautas políticas do município com as pautas requeridas pelos servidores da Educação, pois acredita que a categoria não deve fazer frente contra o empréstimo em que Rogério Cruz amealhou de R$ 710.000.000,00 tendo passado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores de Goiânia) restando apenas passar por votação no plenário, a qual foi adiada em sessão por ocasião de protestos realizados por servidores da educação no plenário da Câmara.

Em divergência de posições com a Deputada Bia de Lima (PT), a Vereadora Aava Santiago (PSDB) convocou todos os servidores da Educação para estarem no plenário da Câmara a fim de pressionar os vereadores a rejeitarem a aprovação do empréstimo em ano eleitoral.

Em entrevista após a assembleia desta terça, a Deputada Bia de Lima alegou que o problema da categoria não é com o Secretário de Educação, mas sim com a prefeitura em si que não oferece uma proposta condizente para a categoria ter um plano de carreira, pois a administração fez plano de carreira para todas as categorias, e por que não faz para a educação que tem o menor salário? A deputada salientou que é necessário ter um olhar mais atencioso para este segmento. Também afirmou que foi promessa do prefeito oferecer o plano de carreira no ano passado, porém passou um ano e nada, com a desculpa de que o limite prudencial não permite, o que não é verdade. O Sintego já fez os cálculos dos impactos de um possível plano de carreira, o qual acarretaria em um por cento sobre o limite prudencial atual. Diante desta afirmação, Bia de Lima acredita que tem possibilidade e espera que o prefeito se sensibilize e atenda a categoria. Todavia ela acredita que falte ao prefeito enquanto gestor, ousadia e posicionamento para assumir responsabilidade direta junto à categoria a fim de cumprir sua promessa.

A categoria sai fortalecida da Assembleia depois das declarações da Deputada e Presidente do Sintego, Bia de Lima, que responsabiliza o Prefeito Rogério Cruz por não honrar a promessa com os servidores da educação, forçando-os a permanecerem em Greve.


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