Por Antonio Oliveira
A greve retomada em 27 de fevereiro pelos administrativos da Secretaria Municipal de Educação (SME) em prol do "Plano de Carreira", tem causado dissabores à comunidade goianiense, e atrelado à greve, a falta de comprometimento da administração do prefeito Rogério Cruz, que contribui para a falta de pessoal junto às escolas e Cmeis (centro municipal de ensino infantil) da capital.
Pois os contratos dos temporários vencidos em dezembro/23, foram prorrogados até o último dia do mês de fevereiro, sendo profissionais administrativos e professores. E ao término total destes, a prefeitura não se mexeu para resolver os déficits, seja através de contratação de novos temporários, seja por chamamento dos concursados do último certame, ou mesmo por mais uma prorrogação destes mesmos servidores cujos contratos expiraram.
Por qual motivo o prefeito usa a greve para engrossar a falta de profissionais no atendimento das crianças pela rede de ensino?
Não obstante nossos questionamentos, a verdade é que Rogério Cruz, o Secretário de Educação Rodrigo Caldas, o Secretário de Finanças Vinicius Henrique Pires Alves, o Superintendente de Finanças Gilvan Garces Ribeiro e em conjunto e apoio com sua base aliada de Vereadores na Câmara, têm negligenciado uma categoria de suma importância para a formação de nossa sociedade. Tanto que na audiência em que a prefeitura de Goiânia move contra o Sintego na qual estiveram presentes o Procurador do Município Dr. José Carlos R. Issy, representando o Secretário de Finanças e o Secretário de Educação, a Deputada Bia de Lima e a secretária geral do Sintego Ludmylla da Silva Morais, não se chegou a um acordo.
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| Rodrigo Caldas |
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| José Carlos R. Issy |
Pois a prefeitura insiste em passar para a categoria o montante de R$ 300,00 aumentando o auxílio locomoção que hoje está em R$ 500,00, ainda aquém dos valores pedidos pelos professores regentes efetivos, mas a categoria rejeita este valor, por não incorporar ao salário, portanto a categoria exige o plano de carreira, porque só assim muitos servidores que trabalham no "chão" das instituições de ensino da cidade poderão ter um pouco mais de dignidade, já que o salário dos Administrativos são fatiados por função e os servidores que trabalham na limpeza, na cozinha, na portaria, chegam a receber menos que o salário mínimo para fazer a engrenagem da educação funcionar.
Em entrevista nesta manhã ao término da assembleia em frente à Câmara de Vereadores, a secretária geral do Sintego, Sra. Ludmylla da Silva, relatou sobre a falta de compromisso do prefeito em não estar presente à mesa de negociação, também falou da justificativa usada pelo setor de finanças da prefeitura que alega não reajustar aos servidores devido ao comprometimento do orçamento que atualmente está em 50,2 do limite prudencial. Confira abaixo:
"Nós esperamos a sensibilidade do prefeito para com cada trabalhador administrativo da educação que está recebendo R$ 1412,00 bruto, sendo que líquido recebe em torno de 900 reais.
Fizeram uma proposta de 300 reais de acréscimo no auxílio locomoção, o que não impacta todos os servidores, porque o contrato temporário não recebe, o aposentado não recebe e continuam a receber complemento de salário-mínimo.
Portanto a categoria rejeitou, afinal os administrativos não suportam mais serem subjugados nos seus locais de trabalho, adoecidos muitas vezes.
E quando falta trabalhadores, não se dispensa crianças, pois estes trabalhadores assumem função de um, dois, muitas vezes até de três servidores para poder atender a comunidade, que sabe o tanto que este trabalhador é importante no atendimento de sua criança.
Portanto vc pai mãe abrace os administrativos da educação, nos temos recebido muitas denúncias de crianças limpando as escolas e cmeis, continue a denunciar e a nos encaminhar para que possamos preparar documentação a fim de encaminhar aos órgãos competentes para medidas cabíveis".
A greve dos Administrativos continua com a ajuda indispensável de Rogério Cruz e toda a sua equipe, além do apoio que tem da base aliada composta pelos vereadores de direita. Cruz alimenta a greve também com sua incompetência ao não realizar lotação de servidores aos déficits existentes.
A única categoria sem plano de carreira de servidores da cidade de Goiânia é a educação, será que formamos maus políticos, pessoas sem senso de correção e dignidade e agora somos agraciados com a "benevolência" e "generosidade" de seus atos políticos?
Confira abaixo imagens da assembleia desta terça-feira.
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| Servidores do CMEI Colemar Natal e Silva |
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Comentários
Como sempre o site traz uma matéria importante e relevante. Parece que investir nos trabalhadores da educação, não gera votos. Por isso, tratam com tanto descaso.
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