Paranóico


Fico a pensar e pensando
Começo a matutar e matutando
O que seria de mim ?
O que seria de ti?

O que seria de mim sem ti?
O que seria de ti sem mim?
O meu eu transeunte entre ir e vir
Teima em ficar ou quem sabe ir

Mas tendo que se decidir
Ah... e se eu não quiser
Ele me obrigará a ir?
E se ele quiser
Eu vou ter que ficar?

Ah...incessante luta
Me deixa assim...
Perdido? Não...Em dúvida
Já não sei ao certo
Ou será incerto
Não sei se vou ou se fico
Ou se me deixo levar
Ou ainda, se me deixo ficar

Parado já estou
E em qualquer lugar
Eu sou! Sou? Estou?
Ah! Então por que tenho que decidir?
Será que não podes conviver comigo
E também conviver contigo?
Sem ter que lutar em decidir?

Mas acho que não posso
Ficar aqui parado
E meu transeunte
Precisa conviver
Em ti e em mim
Sem nada perder

Então os levo comigo
E iremos contigo
Onde possamos ir
Quem sabe de repente
Tão somente decidir
Ou quem sabe de repente
Tão somente ficar
Ou quem sabe, mesmo, ir...
O que seria de mim sem ti?


Autor: Antonio J. C. Oliveira - Poema de 17 de Outubro de 2020. Mais do colunista AQUI



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