A entrega dos galpões alugados pela prefeitura vai resultar numa economia de R$ 15 milhões por mês aos cofres públicos, estima o prefeito Sandro Mabel, que fez a devolução de dois deles situados no Setor Santa Genoveva, na manhã desta quarta-feira (26/2). A ação foi acompanhada pelos secretários da Administração, Celso Dellalibera, e da Educação, Giselle Faria.
Os dois depósitos tinham sido vistoriados por Mabel no dia 29 de janeiro, quando ele determinou a desocupação dos mesmos, que guardavam materiais inservíveis, como armários, mesas, cadeiras, peças de computadores e livros didáticos desatualizados, além de tênis, uniformes, estantes, parquinhos e fantasias, que serão reaproveitados.
“São dez anos de aluguel só para guardar coisas velhas e imprestáveis, com os galpões cheios de entulhos. O aluguel somente desses dois galpões chegava a aproximadamente R$ 120 mil por mês, dinheiro que estaremos economizando com a desocupação e entrega ao proprietário. Com todos os galpões alugados (cerca de 16 unidades), a prefeitura paga R$ 1,2 milhão por mês. São R$ 15 milhões por ano, dinheiro que poderia ter sido destinado a áreas essenciais como saúde”, afirmou o prefeito, acrescentando que todos eles serão desocupados e entregues aos seus donos.
Entre os bens doados com a desocupação dos dois galpões no Setor Santa Genoveva, alguns em bom estado e outros passíveis de recuperação, constavam móveis como mesas, cadeiras e armários; eletrodomésticos como ventiladores, freezers e bebedouros; equipamentos de informática como computadores, impressoras e monitores; além de veículos.
Reciclagem
Parte do material, ainda em bom estado de conservação, foi destinada a escolas, postos de saúde e Cais. Os inservíveis foram doados a entidades sem fins lucrativos para reciclagem. No total, a prefeitura doou seis lotes com 7,2 mil bens inservíveis para entidades sem fins lucrativos credenciados por meio do Chamamento Público 002/22022.
O ato do prefeito mereceu destaque da parte dos representantes das entidades, como o fundador da Associação Exército de Cristo, Alessandro Correia da Silva, e o da Cooperativa Cooper Rama, Dulce do Vale. Os dois classificaram a iniciativa de alcance social, ambiental e econômica.
Mabel informou que, a partir de agora, todo material considerado inservível será baixado e, em seguida, destinado a entidades filantrópicas para reciclagem. “Não adianta guardar esse tipo de coisa, especialmente porque algumas mesas, cadeiras e armários estão ocupando espaço em salas de aula das escolas da rede municipal de ensino”, disse.
De acordo com o secretário de Administração, Celso Dellalibera, um galpão com material inservível, situado nas proximidades da Avenida Perimetral já está sendo desocupado para ser entregue ao proprietário. Ele explica que dará ciência ao Tribunal de Contas dos Municípios. “Pelo nosso cronograma, todos os galpões deverão ser desocupados em até seis meses”, disse.
A medida de desocupação de galpões alugados faz parte da política de contenção de despesas adotada por Mabel para reorganizar as finanças, otimizar recursos e enfrentar os problemas críticos da gestão pública municipal, que registrou déficit operacional de cerca de R$ 4 bilhões, estimado pela Secretaria Municipal da Fazenda.
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